Para quem não conhece a música: Monobloco |
O que irá me acontecer?
Como será?...
Eu sonhei!
Bola de cristal
Jogo de búzios, cartomante
Eu sempre perguntei
O que será?
Este espaço se propõe a ser um lugar coletivo de trocas, práticas e fazeres. Considerando o humano como inacabado, estamos sempre nos fazendo e nos refazendo. Incitamos a diversidade, a pluralidade, valorizando a diferença, o novo. Somos cuidadores, Terapeutas Comunitários, balançando no barco das águas, a partir de um movimento que surge na cidade de Nova Friburgo-RJ, a Terapia Comunitária, movimento de troca de experiências de vida, valorização da autoestima e resgate da identidade cultural.
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Práticas Inovadoras em Políticas Públicas observatorio03 | 28 fevereiro, 2011 at 4:27 pm | Categorias: aids, atenção básica, crepop, dst, politicas publicas, práticas inovadoras, saúde, sistema prisional | Categories: Artigos/Textos Online | URL: http://wp.me/phJ4V-hi |
Psicólogos(as),
O CFP disponibiliza à categoria textos de Práticas Inovadoras realizadas por psicólogo na Atenção Básica à Saúde, no Sistema Prisional e no campo das DST/aids.
Para conhecer as experiências inovadoras, acesse os links abaixo.
http://crepop.pol.org.br/novo/908_praticas-inovadoras-em-psicologia-na-atencao-basica-a-saude
http://crepop.pol.org.br/novo/893_praticas-inovadoras-no-sistema-prisional
http://crepop.pol.org.br/novo/369_praticas-inovadoras-em-politicas-publicas-dst-e-aids
Fonte: http://crepop.pol.org.br/novo/cat/publicacoes/praticas-inovadoras
De forma prática, a Terapia Comunitária é um instrumento de transformação de vidas, especialmente de vidas em estado de vulnerabilidade, seja social ou emocional e não necessita da intermediação de um psicólogo. O curso foi composto por 4 módulos, com uma carga horária de 160 horas de teoria e vivências, 120 horas de práticas em Terapia Comunitária e 80 horas de Intervisão. Na noite da sexta-feira, 26 novos terapeutas comunitários se formaram.
A cerimônia aconteceu no Teatro Municipal e foi marcada por depoimentos emocionantes e pela empolgação de todos ao apresentar resultados impressionantes como a diminuição e até a interrupção do uso de medicamentos de pessoas que participam de algum dos 8 grupos que a cidade já conseguiu formar.
Todos os alunos, hoje terapeutas, são unanimes em destacar a mudança que a participação no curso promoveu em suas vidas e que todos têm um novo olhar sobre o valor da conversa, sobre o valor de se compartilhar a vida com outras pessoas e especialmente do valor de se implantar vários núcleos de terapia comunitária em toda a cidade.
Uma máxima da Terapia Comunitária é essa partilha de experiências e a certeza de que a maioria dos problemas de saúde decorrem de problemas emocionais que podem ser minimizados ou eliminados com um bom desabafo em um ombro amigo.
Tudo parece muito simples, mas nada é simples no começo e foi preciso muita coragem para que o curso fosse ofertado de forma gratuita em Guaxupé. A Secretária de Desenvolvimento Social fez questão de destacar exatamente esse compromisso do Prefeito Roberto Luciano em revolucionar a administração pública trazendo as pessoas para o centro das atenções e dos esforços públicos. Segundo ela a Terapia Comunitária veio somar esforços para consolidar essa nova realidade da Assistência Social: “As políticas sociais ajudam materialmente e durante um intervalo de tempo. Mas a questão humana, pessoal, da vida não. A TC vem resgatar o real sentido da solidariedade e da vida em comunidade. O importante é fortalecer a autoestima da pessoa, e criar uma rede social que apoia o seu crescimento e desenvolvimento pessoal, profissional e social.”
O Prefeito Roberto Luciano lembrou que a depressão e a angústia foram considerados mal do século o que torna ainda mais importante o trabalho dos terapeutas comunitários que bem definiu o prefeito, pessoas de boa vontade, desprendidas que querem ajudar o outro e que é fundamental o trabalho de multiplicação desses núcleos de terapia: “Essa ação reflete o que a gente acredita ser uma família, uma comunidade e uma cidade mais feliz”.
Os mais diferentes profissionais frequentaram o curso: profissionais da área da saúde, assistentes sociais, educadores, lideranças comunitárias, mas fundamentalmente todas são pessoas com habilidades para lidar com grupos, pessoas sensíveis ao sofrimento do outro e interessadas em desenvolver trabalhos comunitários e dar sua contribuição para a melhoria da qualidade de vida de muitas famílias.
A Terapia Comunitária teve sua efetividade comprovada pelo SUS e será adotada nas Unidades Básicas de Saúde. Nesse sentido Guaxupé está um passo à frente da maioria dos municípios brasileiros e a previsão é que em breve, uma nova turma para o curso será aberta e com mais profissionais capacitados, mais comunidades serão beneficiadas.
O curso foi ministrado por 4 especialistas: Profª. Mari E. L. Teixeira, Profª Doralice Otaviano , Profª Ana Paula Cascarani e Profª Maria Vitória Paiva .
O Ministério da Saúde já adotou oficialmente a Terapia Comunitária como uma das metodologias de tratamento do Programa Saúde da Família. Em Guaxupé, grupos de terapia começaram a se formar em maio de 2010. Segundo a Secretária de Desenvolvimento Social Ana Luíza de Souza, é um programa pioneiro no Sul de Minas. Depois de passarem por um curso de 360 horas, os formandos receberam um certificado na noite de sexta-feira, 26.2, no Teatro Municipal.
Oito grupos de terapia se formaram na cidade desde a implantação do projeto, mas a primeira formatura cedeu 26 diplomas, em especial para aqueles que participaram da carga horária exigida para se tornarem multiplicadores de novos grupos. Ana Luíza destacou publicamente que "não somos concorrentes dos psicólogos. Nós ouvimos e acolhemos o sofrimento das pessoas", já muita gente sofre sozinha.
Além de fazer parte dos centros de Referência da Assistência Social, como CRAS 1 e 2, duas igrejas cederam espaço para os encontros terapêuticos semanais: a São José Operário e a São Francisco, Duas entidades também disponibilizaram a terapia aos seus assistidos: a Luz da Vida no Combate ao Câncer e a AADG, Associação de Apoio aos Deficientes de Guaxupé.
Representando a AADG na solenidade e também uma das formandas, Ester de Mesquita Trevisan informou que, na Associação, os participantes se tornam mais compreensivos durante e depois da terapia. Foi também um apoio para lidar melhor com as diferenças e um trunfo a mais para elevar a autoestima e o convívio social. Ester adiantou que pretende continuar esse trabalho com outros grupos.
A presidente da Luz da Vida, Cida Sandroni, também fez terapia e foi uma oradoras da solenidade. Divulgou que atualmente 23 estados brasileiros aplicam a terapia comunitária, resultando num saldo aproximado de sete mil terapeutas comunitários capacitados. Tão importante quanto números são os objetivos a serem alcançados: prevenir depressão, sofrimento emocional, violência doméstica, despertar a solidariedade, capacitação técnica e profissional de multiplicadores, entre outras metas.
Na teoria e na prática já foi comprovado que "quando a boca cala, os órgãos falam; quando a boca fala, os órgãos saram". Presente na solenidade, a Secretaria de Saúde Luciana Terra comentou sobre os efeitos positivos da Terapia Comunitária, como a redução de consultas e medicamentos específicos. Posteriormente, vários formandos afirmaram que não consomem mais antidepressivos, ansiolíticos e afins. Para a secretária Luciana, a Terapia Comunitária é um momento de lazer que resgata o convívio entre as pessoas. "Tudo que envolve qualidade de vida é benefício para a nossa população. Quanto mais pessoas se interessarem pela terapia, melhores serão os resultados na sociedade."
A intenção que os oito grupos iniciais se multipliquem cada vez mais. Do total de 360 horas do curso, 80h são dedicadas à teoria. Há 120 h de aulas práticas e mais 80h de intervisão, em que um ajuda o outro. Tem ainda outras 80h de vivência terapêutica.
Alguns formandos já iniciaram a multiplicação de cursos. A professora Maria Aparecida Smargiassi, juntamente com o publicitário Celso de Moraes e a aposentada Terezinha de Rezende pretendem implantar, agora em março, a Terapia Comunitária no horário noturno da Esc. Mun. Antônio Costa Monteiro, tornando assim a Secretaria de Educação uma parceria desse programa social e de saúde.
Para a professora Cida, "o curso foi maravilhoso como crescimento pessoal. "Para entender o outro, você primeiro que tem se compreender como pessoa", ele definiu. Já a aposentada dona Terezinha poderá também contribuir ainda com a experiência da idade, 76, e a disposição para aproveitar a vida. Recentemente ela estudou teclado, piano e até saxofone.
O presidente da Associação Amigos da Esperança, João Carlos dos Santos, que desenvolve um trabalho social com 98 crianças carentes, em diferentes bairros, pretende formar dois grupos. Um será para adultos, no bairro Santa Cruz. "Você precisa ter tempo para conviver com as pessoas. Isso ajuda a gente mesmo. Quando alguém ouve as pessoas pode resolver um problema próprio, pessoal". O segundo grupo idealizado será específico para crianças. A intenção é suprir uma carência atual da falta de tempo dos pais, que trabalhavam fora ou estão passando por problemas emocionais, e não têm tempo ou disposição para ouvir os filhos.
Outro multiplicador é Toninho Vilas Boas, que já levou uma sessão de Terapia Comunitária para a área rural e está empenhado levar em dar continuidade a esse projeto. Diante de depoimentos sobre os benefícios alcançados, provavelmente a ex-professora Maria dos Reis Carmo será uma das multiplicadoras na igreja São José Operário.
Ao ouvir o pai João Carlos dos Santos ser entrevistado, a filha Mônica, de 12 anos, perguntou com muita graça e naturalidade se tudo que foi falado, pelos entrevistados e outras pessoas, ia sair no jornal. Apenas por limitação de espaço só é possível resumir e registrar o essencial, ainda que muitos depoimentos sejam exemplos valiosos de como mudar de vida. Nesse caso, melhor do que a leitura é participar da terapia. Falar e ouvir para que órgãos humanos, como o coração e outros, possam se curar de dores profundas causadas pelo peso da solidão.
Fonte: Correio Sudoeste
http://www.correiosudoeste.com.br/noticias/geral/item/835-terapia-comunit%C3%A1ria-tem-reduzido-consumo-de-medicamentos-e-elevado-a-autoestima-social
“Quando a boca cala, o corpo fala. Quando a boca fala, o corpo sara”. Este é um dos lemas da terapia comunitária, que tem como objetivo a promoção da saúde: sua metodologia é a formação de grupos, onde cada participante relata suas experiências e problemas, auxiliando assim uns aos outros a superar as aflições do dia-a-dia, antes que elas se transformem em doenças ou se agravem.
Em Sorocaba, além de já existirem doze rodas de terapia comunitária em funcionamento e mais três que devem começar em breve, a prefeitura, em parceria com o Grupo Piracema – Núcleo Regional de Atenção à Família, promovem desde agosto o curso de formação de terapeutas comunitários. A primeira turma, composta por 42 pessoas, entre elas profissionais das Secretarias da Saúde (SES), da Juventude (Sejuv) e da Cidadania (Secid) e dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), se formará em março.
Direcionada também a líderes comunitários e pessoas que desenvolvem algum trabalho relacionado à promoção social ou de saúde, a iniciativa tem como meta formar os chamados ’terapeutas comunitários’, que irão auxiliar nos cuidados da saúde emocional e mental da população, principalmente nos bairros periféricos da cidade.
“A terapia comunitária visa abordar as pessoas que tenham algum tipo de sofrimento. É uma forma de tratar da saúde delas, promovendo uma melhoria na sua qualidade de vida, sem que necessariamente elas tenham de ir a um psiquiatra, por exemplo. Por isso, Sorocaba sai à frente mais uma vez, oferecendo o curso gratuito de formação de terapeutas comunitários”, comenta a médica Maria Clara Schaidman Suarez, aluna do curso, uma das gestoras do programa de Terapia Comunitária e coordenadora do Serviço de Saúde Mental da SES.
Desde outubro do ano passado, alguns alunos do curso já estão atuando nas comunidades. Sorocaba foi dividida em seis grandes áreas e, em cada uma, atuará um grupo de terapeutas para realizar o trabalho com a população. “Nossa ideia é chamar mais pessoas para participarem da terapia comunitária e aumentarem o número de rodas, para que, em breve, possamos atender o município inteiro”, diz Maria Clara.
Márcia Ribeiro de Freitas, que trabalha na rede municipal de saúde, é uma das alunas do curso e já participa das rodas de terapia comunitária. “É uma troca intensa de experiências. Está sendo muito gratificante participar e fazer parte deste programa”, declarou.
As doze rodas de terapia em funcionamento estão distribuídas em pontos estratégicos da cidade (veja quadro abaixo). Para participar, basta procurar um dos locais onde são realizadas as sessões e pedir informações.
Rodas de terapia comunitária em Sorocaba:
Caps Jovem (Vila Angélica)
Avenida Angélica, 1.048 - Vila Angélica
Terças-feiras, às 15h30
UBS Sorocaba I
Avenida Américo Figueiredo, 3.171 - Júlio de Mesquita
Terças-feiras, às 8h30
UBS Vitória Régia
Rua Francisco Silva Martins, 35
Quintas-feiras, às 14h30UBS Escola
Avenida Comendador Pereira Inácio, 500
Quintas-feiras, às 8h30
CRAS Brigadeiro Tobias
Avenida Bandeirantes, 3.835
Segundas-feiras, às 10h
UBS Vila Haro
Rua Aristides Silva Lobo, 379
Quartas-feiras, às 8h
Igreja Católica do bairro Iporanga 2
Quintas-feiras, às 8h30
6ª Igreja Presbiteriana Independente da Vila Jardini
Rua Abolição, 341
Quartas-feiras, às 9h
EM “Inês Rodrigues Cesarotti”
Rua Maria Moreno Trugillano - Jardim Bonsucesso
Terças-feiras, às 14h
Antigo Santuário de Nossa Senhora Aparecida
Praça principal do bairro Aparecidinha
Segundas-feiras, às 8h
UBS Vila Sabiá
Rua Dionísio Bueno Sampaio, 91
Quartas-feiras, às 9h
UBS Paineiras
Rua Elisa Stefani Ramos, 130
Quintas-feiras, às 10h
Informações: Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Sorocaba
Segundo a administração municipal, o número da agência do Banco do Brasil para depósito é 0335-2 e a conta corrente 12000-3 (SOS Nova Friburgo).
Outros contatos:
Nova Friburgo (Polo da FIA) – Avenida Julius Antônio Thuller, 480, Olaria.