domingo, 2 de outubro de 2011

Como será o amanhã?

Esta é uma pergunta que todo ser humano se faz. Especialmente na juventude, momento de decisões, escolhas e aparentemente de definição para o resto da vida. Digo aparentemente porque seja qual for o caminho escolhido, desde que não leve a morte, sempre será possível retomar, reencontrar alguém do passado, escolher outra profissão...
Para quem não conhece a música: Monobloco

Como será amanhã? 
Responda quem puder
O que irá me acontecer? 
O meu destino será
Como Deus quiser 
Como será?... 
A cigana leu o meu destino
Eu sonhei!
Bola de cristal
Jogo de búzios, cartomante
Eu sempre perguntei
O que será?

Autor: João Sérgio

Ontem, eu e Arthur, fizemos duas rodas juntos. A primeira foi na UnB com 37 jovens, todos participavam pela primeira vez de uma roda de TC. O tema escolhido foi este: angústia em relação ao futuro. Um jovem profissional angustiado em relação ao seu amanhã, profissão e relacionamento..
Uma participante contou que ter filhos, ainda muito jovem, foi uma escolha difícil: “eu estava seguindo reto, rumo aos meus objetivos...agora vou por um caminho mais longo, mas vou chegar ao mesmo lugar”. Outra jovem relatou que deixou sua família e veio estudar em Brasília, em busca de seus sonhos: “é difícil ficar longe das pessoas que eu amo...mas eu acho que fiz a escolha certa”. Um rapaz nos contou que descobriu que precisava primeiro pensar nele, pra depois pensar nos outros.
Parece que de alguma forma nós fazemos o futuro, mas por outro lado a vida também nos leva para o futuro, por caminhos que não planejamos.  Mas o que é a vida? O que é o futuro? Se não um constante surpreender-se (com alegrias e tristezas) neste nosso percurso de existir. Neste caminho encontramos pessoas, algumas fazem a diferença, outras nem tanto. Todos passamos pela vida, uns dos outros. Na vida fazemos escolhas diariamente, algumas relevantes, outras nem tanto.
Não adianta bola de cristal, cartomante, jogos de búzios. Em períodos de crises, com grandes escolhas, penso que é preciso acalmar-me internamente, saber distinguir o que é meu e o que é do outro, para viver um pouco mais consciente. Mas pedras no caminho? Sempre. Mas o que você faz com elas? Concluo com Cora Coralina: Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA COM ÊNFASE NA EDUCAÇÃO

MISMEC-CE
MOVIMENTO INTEGRADO DE SAÚDE MENTAL COMUNITÁRIA DO CEARÁ
E
CEFC - CENTRO DE ESTUDOS DA FAMÍLIA DA COMUNIDADE - Ceará
Pólos Formadores em Terapia Comunitária Integrativa
INFORMATIVO
È com imensa alegria que partilhamos com você a promoção da I FORMAÇÃO EM TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA COM ÊNFASE NA EDUCAÇÃO em território nacional.
Essa iniciativa pioneira é uma realização da SECRETARIA MUNICIPAL D A EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE PACATUBA –CE.
Segundo a secretária de educação ANA KELLY CAVALCANTE o município possui hoje 33 ESCOLAS, e todas implantaram a TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA.
Ações pioneiras é marca registrada do município de Pacatuba, que em 2003 recebeu pela primeira vez o SELO UNICEF. ntão vem sendo aprovado todos os anos.
Manteremos mensalmente um Diário de Campo informando o desenvolvimento das atividades.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

I ENCONTRO DOS TERAPEUTAS COMUNITÁRIOS DA PARAIBA

SEMINÁRIO REGIONAL DE SAÚDE MENTAL COMUNITÁRIA
I ENCONTRO DOS TERAPEUTAS COMUNITÁRIOS DA PARAIBA
LOCAL: Auditório da Reitoria - UFPB - CAMPUS I
DATA: 27,28 de Outubro de 2011
Proposta: 300 Participantes
Inscrição: online
Valor: Estudante - 40 reais / Profissional - 80 reais
REALIZAÇÃO: Grupo de Estudo GEPSMC/UFPB COMAD( Conselho Municipal Antidrogas), CRP (Conselho Regional de Psicologia)
PROGRAMAÇÃO PRÉ-SEMINÁRIO
25/10/2011 Terça-feira - Tarde (Centro de Ciências Sociais Aplicadas)
14h00 - 17h00 Credenciamento e entrega de material
Local: Praça da Alegria CCSA
14h00 - 18h00
Curso 1 - Pré-Congresso: Terapia Comunitária Integrativa
Curso 2- Pré-Congresso: Importância da Intervenção Precoce em Saúde Mental na Atenção Básica
PROGRAMAÇÃO SEMINÁRIO
26/10/2011 Quarta-feira – Manhã (Auditório da Reitoria da UFPB)
07h00 – 08h00 – Credenciamento e entrega de material
08h00 – 09h00 – Mesa de Abertura
09h00 – 10h00 – Conferência de aberturaRede Nacional Integral de saúde Mental
Palestrante: Luiz Odorico Monteiro
10h00 – 10h15 – INTERVALO – Apresentação Cultural

10h00 – 11h45- Mesa Redonda - Experiências Exitosas em Serviços Substitutivos em Saúde Mental
11h30 – 12h30 Exposição de poster ( Hall da reitoria
26/10/11 – Quarta-feira - Tarde (Auditório do CCJ)
14h00 – 15h00 – Mesa redonda: – Saúde mental e inclusão social
Coordenação da mesa a definir
15h00 – 15h15 – INTERVALO
15h45 – 17h30 – Grupo temáticos ou Oficinas ( Salas de Aula do CCSA)
Salas a definir
Temas: Práticas Integrativas: Reflexologia
Síndrome de Burnout
Terapia comunitária
Práticas dos profissionais no cuidado de criança e adolescente
Álcool e outras drogas
Práticas Inclusivas na Atenção Psicossocial
27/10/11 – Quinta-feira - (manhã) (Auditório do CCJ)
08h00- 09h30 – Mesa redonda: Saúde Mental do Trabalhador
08h00 – 09h30 - Workshops: Terapia Comunitária Integrativa: Reflexões e Práticas (Auditório Azul/CCSA)
09h30 – 09h45 – Intervalo
09h45- 11h30 - Oficinas – Práticas integrativas e complementares (Salas de aula CCSA)
Facilitadores: Biodança
Facilitadores: Trabalho Corporal
Facilitadores: Cuidando do Cuidador
Facilitadores: Dinâmica Grupais
Facilitadores: Ioga
Facilitadores: Acumputura
Facilitadores: Florais de Bach
11h30 – 12h30 – exposição de poster ( Trabalhos inscritos) Hall da reitoria
27/10/11 – Quinta-feira - (tarde) (Auditório Reitoria)
14h00 – 16h00 – Mesa redonda: Políticas públicas sobre álcool e outras drogas
16h00 – 16h15 – Intervalo
16h15 – 17h00 – Conferência de Encerramento e Premiação dos Trabalhos

domingo, 14 de agosto de 2011

Que pai é você? (vale pra mãe)

Tenho convivido com uma geração de pais que são exemplos a serem seguidos. No passado, não muito longe, as mães eram as responsáveis pelo desenvolvimento emocional, psíquico, cultural, físico e social de seus filhos. Aos pais cabia apenas sustentar e demonstrar seu afeto não deixando faltar nada. Quando eu era criança, recentemente (sorrisos), os pais já começavam a ocupar outros espaços na educação de seus filhos: conversava, orientava, abraçava. Hoje, a distribuição dos papeis está mais equilibrada.
Mas eu sinto que hoje os papeis estão menos definidos, e isso é bom! As bulas, que orientavam o papel do pai e o da mãe, estão ficando mais parecidas. Alguns papeis nunca mudarão, principalmente na primeira infância, pois quando o filho é bebê a mãe fica meio misturada com ele, bem mais que o pai. Conforme o bebê cresce cabe ao pai dizer: "essa mãe é sua, mas a mulher é minha!"
Estou dizendo que pai e mãe têm funções diferentes, mas podem fazer as mesmas coisas. Desempenhar papeis é diferente de ter função de pai e de mãe. Tanto pai quanto mãe podem dar carinho, levar ao cinema, corrigir, orientar, por limites, amar... Mas a função materna e a paterna são distintas. O que não impede que na falta de um o outro ocupe as duas funções.
Mas nem tudo são flores ainda há muitos filhos que não sabem quem são seus pais, outros têm na figura paterna a encarnação da violência e do vício. Há filhos que não sabem o que é conversar com o pai. Vejo isso nas rodas de Terapia com os adolescentes. Mas também vejo pais tentando resgatar este espaço com os filhos na Terapia com adultos.
O outro extremo da classe média e alta é de pais submissos aos filhos. Um pai sem autoridade, no meu ponto de vista, não é um pai, é um tolo. O pai precisa assumir o seu lugar de pai, mas alguns acham que os filhos são tão importantes que não podem ser contrariados. Estes pais criam reizinhos tiranos, princesinhas tiranas, filhos sem limites.
Como eu sempre digo: criar filhos é fácil, difícil é educá-los! Sempre há tempo para recomeçar. Para reconhecer o poder que tem um pai na vida de seus filhos. Que pai é você? O agressor e tirano? O submisso e inseguro? Ou o pai que busca o equilíbrio?

sábado, 13 de agosto de 2011

Livro TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA SEM FRONTEIRAS

A proposta deste livro é oferecer subsídios para que os estudiosos da TCI possam responder a algumas de suas inquietações e aprofundar as correlações percebidas com diversas referências teóricas. A obra Terapia Comunitária Integrativa Sem Fronteiras representa uma convergência de diferentes olhares, princípios e práticas desta metodologia. Os articulistas, de nacionalidades e abordagens diversas, atuam com a TCI em vários contextos sociais. Os capítulos estão organizados em três partes: Filosofia e Ciências Humanas, Abordagens Terapêutica e Aplicações nas Políticas Públicas da Saúde e Educação. Este livro contou com o apoio do Movimento Integrado de Saúde Comunitária do DF.



O MISMEC-DF, instituição sem fins lucrativos, criado em março de 2002, funciona como polo formador de Terapia Comunitária Integrativa, faz parte da rede ABRATECOM e vem participando dos avanços da TCI no Brasil e em outros países. O MISMEC-DF tem trabalhado exaustivamente pela integração de pessoas e comunidades no resgate da dignidade e redução de qualquer tipo de exclusão, através do fomento de redes solidárias e cidadania ativa.

O livro será lançado durante o VI Congresso Brasileiro de Terapia Comunitária Integrativa em Santos - SP no dia 1 de setembro de 2011.




domingo, 7 de agosto de 2011

Direção interior

Quando surge a intolerância, a dificuldade de convivermos com os diferentes, podemos tentar tomar distância, olhar de um pouco mais longe, para tentarmos perceber o contexto daquilo que nos incomoda. Pode ser que aquilo que nos irrita hoje, seja um eco de coisas que tivemos que suportar no passado, e diante das quais não soubemos reagir à altura, adequadamente.

Podemos tentar o caminho de olhar para dentro, para ver o que há naquela pessoa que nos remete a uma situação do passado, talvez nunca de todo bem resolvida. Há no nosso interior todo um vasto acervo de experiências de que podemos nos valer para agirmos em circunstâncias difíceis. Basta confiar mais nessa nossa bússola interior, que nos fez sair de situações bem mais difíceis no passado.

sábado, 9 de julho de 2011

A TCI com adolescentes e o bulliyng

A TC com os meninos adolescentes teve como tema conflitos escolares. Um garoto contou que brigou com a professora, "gorda e chata". Por isso, foi expulso da sala de aula. Outro contou que teve todas as notas a baixo da média. Um terceiro disse que se meteu numa encrenca daquelas: "bati num moleque, quebrei o braço dele". Num primeiro momento ouvimos os três e escolhemos o tema do garoto que quebrou o braço do outro.
Em seguida lançamos o mote: Quem já passou por dificuldades na escola e como superou? Observe que este mote é bem amplo. Fiz isso com dois objetivos: 1. de que todos na roda fossem contemplando; de que eles aprendam a generalizar, partir do particular para o geral.

Após algumas falas, passamos a focar nas formas de violência na escola. Quem já passou por dificuldades com violência na escola e como superou? Como controlar a agressividade? Vários garotos responderam ao mote com dicas como: Contar até 10 antes de agir, sair de perto do provocador, não provocar, pensar nas consequências (você pode ir pra uma instituição, ou ficar conhecido como o garoto briguento da escola). Alguém contou que nunca brigou na escola. Concluímos que é difícil controlar a raiva, mas que é possível. O garoto que agrediu disse que vai evitar brigas, porque não quer envergonhar a sua mãe.
No bullying há dois lados um dos que agridem e ofendem dos que são agredidos. Aqui falamos a versão dos que batem. Parece que os dois lados estão em sofrimento. A TCI favorece a conscientização do sofrimento e das consequencias externas advindas da violência.
Muitas pessas têm me enviado email interessadas em conhecer mais sobre a TCI com adolescentes, se você também quiser saber mais acesse o meu blog pessoal: http://terapiacomunitariapsicanalise.blogspot.com/
Bibliografia sugerida: Fante, Cleo; Pedra, J. Augusto. Bullying escolar: perguntas e respostas. Porto Alegre. Artmed, 2008.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Qual a sua pérola?

Em Terapia Comunitária aprendemos que todos nós temos uma pérola. Para que uma pérola se forme é preciso primeiro que um grão de areia entre na ostra e a arranhe. Após o ferimento a ostra tenta se proteger forma a pérola. Assim acontece conosco, na maioria das vezes a nossa ferida é transformada em uma pérola, isso tem a ver com nossa capacidade de resiliência.
Na terapia desta semana nós ajudamos uma participante a descobrir a sua pérola. Ela foi abandonada pela mãe aos 9 anos. Teve que cuidar de 4 irmãos mais novos, um com apenas 6 meses. Ela disse: "eu passei a ser mãe dos pirralhos com 9 anos". Ao aprofundarmos um pouco mais descobrimos que ela, sem ter sido cuidada tornou-se uma cuidadora. A mãe voltou após 20 anos. hoje ela cuida da mãe e dos seus 3 filhos, sozinha. Ao final da roda seus olhos brilhavam de emoção, e ela disse: "hoje aconteceu uma coisa diferente, eu nunca tinha visto minha vida desta forma".
Acredito que é um mito dizer coisas como: todo abusado será um abusador. É mentira! Muitas pessoas que foram abusadas protegem, cuidam e defendem crianças. É claro que muitos abusadores foram abusados um dia e não conseguiram transformar a ferida em pérola. E você caro leitor? Tem conseguido transformar sua ferida em pérola (s)? Qual é a sua pérola?
Dica de Livro: Ostra Feliz não faz pérola. Rubem alves. Editora Planeta.

domingo, 29 de maio de 2011

É possível aprender a perdoar?

Mais uma vez o nosso tema na terapia foi o perdão: “Pra mim é muito difícil perdoar... eu fui traída durante a gravidez, todos sabiam, até minha família. Eu fui a última a saber e através de outras pessoas”. Perguntei a ela qual era o sentimento quando ela soube. “Eu senti raiva, ódio, vontade de matar os dois”. E hoje, qual o sentimento? “Ainda tenho muita raiva, ainda quero esganar os dois”.
Cinco anos se passaram, eles não estão mais juntos, ele teve uma filha com a outra mulher e está sozinho. Após tanto tempo o sentimento é o mesmo e ainda a leva a chorar ao relembrar. Ela contou que raramente fala sobre este assunto: “fico com isso guardado, só pra mim”. Ter a oportunidade de falar de sua dificuldade e reconhecê-la é o primeiro passo para a superação.
Outra participante contou uma experiência semelhante e disse que superou e, numa noite de Natal, abraçou o ex-marido e sua atual mulher. “Me senti leve, quando perdoei os dois”.

Na Terapia Comunitária temos a oportunidade de identificar nossas dificuldades a partir da dificuldade do outro, no grupo. Também se aprende numa roda de TC a acreditar que se o outro é capaz de perdoa, se sentir leve, eu também sou.

Na falta do perdão a pessoa segue a vida levando um peso sobre si, uma dor interminável. Devemos exercitar o perdão para aprender a exercê-lo. Então, devemos começar por pequenos desafios: se alguém pisa no seu pé, você desculpa; se chuta sua canela, você perdoa. Nas pequenas coisas você aprende a perdoar... até que um dia é capaz de perdoar quem feriu o seu coração. De repente, o peso que levava sobre as costas... que peso? Me senti leve!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Terapeutas de Frequência do Brilho em Fortaleza

Terapeutas de Frequências de Brilho realizam encontro e divulgam a vinda de Christine Day à Fortaleza

Frequências de Brilho são um sistema de cura energética, em 4ª e 5ª dimensão, que atua no DNA e desperta áreas adormecidas e novas no cérebro, partindo do pressuposto que, além de existirmos em corpo físico, também somos seres de luz. Os terapeutas de Frequências de Brilho em Fortaleza realizarão uma série de encontros abertos ao público, mas com vagas limitadas, nos quais os interessados ouvirão um trecho do principal evento realizado para um grande público, sobre o tema no país: a Transmissão. Este trabalho de energia curativa e alinhamento energético foi criado pela australiana Christine Day, que virá em Fortaleza em novembro.



O próximo encontro será no dia 24 de maio, às 19h45min, no

Centro de Desenvolvimento Humano


Rua Marcondes Pereira, Nº 1266


(85) 3257.1357

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo telefone 32571357. Os oito encontros de divulgação e o próprio evento de Transmissão estão sendo organizados pelas terapeutas de Frequências de Brilho, Carmen Paula Menezes e Paula Guimarães.

A audição gratuita, como é chamado cada um dos oito encontros de divulgação da Transmissão de novembro, é uma oportunidade de, juntamente com terapeutas locais de Frequências de Brilho, ouvir um trecho do evento de Transmissão já realizado em outra cidade. É também uma forma de conhecer mais sobre Frequências de Brilho e de que modo esta terapia energética atua no corpo físico e espiritual. “Christine Day, a fundadora de Frequências de Brilho e uma das maiores mestras espirituais de nossa época, leva as pessoas numa jornada que ajuda a liberar emoções e traumas represados, através da respiração consciente e do uso de sons e da palavra falada”, explica a terapeuta Carmen Paula Menezes.

No Brasil, já foram realizados 15 eventos de Transmissão, tendo acontecido os oito primeiros em Salvador (2003 a 2008), três em Brasília (março de 2009, março de 2010 e abril de 2011), dois em São Paulo (setembro de 2009 e 2010), um no Rio de Janeiro (março de 2010) e um em Belo Horizonte (setembro de 2010). A média de público das cinco últimas transmissões foi de 800 pessoas. Em 2011, ainda acontecerão mais quatro Transmissões: 31/08/11 em São Paulo, 19/09/11 em Florianópolis, 11/10/11 em Belo Horizonte e 14/11/11 em Fortaleza.

Nos encontros, estarão disponíveis os ingressos para venda, bem como filipetas com informações sobre os locais de vendas de ingressos, calendário das audições gratuitas e divulgação dos nomes de terapeutas de Frequências de Brilho de Fortaleza

Confira o calendário de Audições Gratuitas, que acontecerão de maio a outubro em Fortaleza:


Serviço:

Audição Gratuita de CD de Transmissão de Christine Day, Fundadora de Frequências de Brilho

II Encontro em Fortaleza: 24/05/2011

Local: Centro de Desenvolvimento Humano (CDH) - Rua Marxcondes Pereira, 1266

Horário: de 19h45 às 21h30

Inscrições gratuitas: 32571357 (CDH)

Maiores Informações: Carmen Paula Menezes – 8695.9465

Paula Guimarães – 9955.8087

Jornalista Responsável: Ana Karla Dubiela

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Hora-Ação - A oração em ação

Texto de uma amiga e terapeuta comunitária que nos leva a refletir: boa reflexão!!!!“

Hora-ação
Há pensamentos que são orações. Há momentos nos quais, seja qual
for a posição do corpo, a alma está de joelhos” (Victor Hugo)

Inicio este artigo citando o visceral poema do filósofo francês Victor
Hugo para que, ao desenvolver o texto, possa, antes de tudo, me
colocar em sintonia com a triste realidade que tinge de vermelho nossa
nação verde-amarelo, e, também, em condescendência pela dor da
humanidade diante da desumana situação a que nos encontramos
como seres da mesma espécie, separados apenas por um Rio, em 08
de abril.
Em contrapartida, se minh´alma ou noss’alma se encontram de
joelhos em triste respeito à dura realidade, nossas mentes em prece nos
invocam à magna tarefa de nos reconciliar com o poder criador de
novas realidades, haja vista que toda realização de nossos anseios
foram sementes, que se iniciaram, antes, dentro do universo particular
de intenções de cada indivíduo, e, a posteriori, expressos em realidades
ampliadas.
Não por acaso escolho o poeta filósofo do século XIX, pois ele
desejava mudar a sociedade, mas não mudar de sociedade. Nesse
sentido, o tópico da reflexão aqui é: O que devemos alcançar? Qual
será nosso importante papel no nascimento de uma nova civilização?
Diferentes pesquisadores, antropólogos, psicólogos, espiritualistas e
muitos outros “ólogos” e “istas” têm alertado para que a humanidade
não se intimide com os obstáculos que até mesmo os meios midiáticos
propagam. Isso porque, ao contrário do que possa parecer, uma
corrente de consciência cósmica universal se encontra em franca
expansão, apesar do equívoco da grande mídia em propagar a
violência e o medo como eleição de marketing, em detrimento ao elo
de fraternidade que vem sendo fortalecido com a luta aos obstáculos,
como parte e essência de vida.
Assim, Deus nos treina para substituirmos as imagens que não
queremos por imagens que queremos.
A prece quântica pressupõe que você aceite imediatamente a
ideia de que está se dispondo a ser curado e a resolver o que quer que
seja. Do ponto de vista da cabala, não é Deus que atende às nossas
preces, Ele já nos deu tudo. Somos nós quem atendemos nossas próprias
preces estando decididos a nos livrar de algo quando nos dispomos a
pagar o preço que está envolvido na mudança. Do ponto de vista do
catolicismo, a passagem bíblica da multiplicação dos pães nos ensina
que "todos temos o alimento", é preciso, apenas, nos organizarmos,
como nos diz o padre rio-pretense Marcelo, da paróquia do Jardim
Maria Lúcia.
Portanto, penso que orar tem relação direta com a ação. Implica
sair de um lugar disfuncional – ainda que cômodo – em direção a outro
não tão cômodo, porém funcional. Esse trânsito pressupõe
planejamento e mudança de atitude.
Reforçamos, aqui, a importância da mudança de atitude como
chave mestra perante o que não está bom. Seja pela atitude de fé em
conexão com a espiritualidade e com a inteligência coletiva – além de
si mesmo –; seja pela atitude de fé em si em conexão com a força que
pode ser ativada dentro de cada ser humano. Quando o físico, o
mental e o sutil se unem em postura de superação nos comprometemos
com a construção de uma nova realidade.
Oremos, a hora é agora!

Renata Terruggi
Psicóloga Corporal e Sistêmica
Contato (17) 3011 9068
www.comunidadededestino.com.br

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O auto-conhecimento na Terapia Comunitária

Hoje pensava que a terapia Comunitária pode e deve ser lida de muitas formas, não de uma só. Ou seja, ela é uma estratégia pela qual a história de vida de cada um, de cada uma, se torna uma história entre muitas, diferente de todas, mas entretecida com todas. É singular, mas se parece com todas elas. Isto pode parecer um paradoxo, mas é isto o que acontece quando você começa a trabalhar a sua história de vida na terapia Comunitária.

A sua vida, que lhe parecia tão diferente de todas, já tão marcada que não poderia mais ser refeita, é uma vida que pode ser moldada de novo, de acordo com a sua vontade, com a sua decisão de ser feliz, de ser um vencedor ou uma vencedora, de traçar o seu próprio destino e, enfim, de ser você mesmo ou você mesma, a pessoa que é você, e não a que você achava que era ou a que aos outros poderiam querer que você fosse. Neste mergulho em nós mesmos, neste começar a saber quem somos, e a nos livrarmos de culpas e preconceitos (a melhor coisa que a alguém pode lhe ocorrer), começa a entrar ar na nossa vida, começamos a respirar de novo.

Muitas vezes tenho percebido como a nossa vida começa a mudar para melhor desde o momento em que passamos a nos integrar na teia da terapia, na teia da vida. A gente começa a ser mais autônomo, e é um processo crescente, um processo no qual vamos nos alimentando das nossas próprias riquezas interiores, as nossas pérolas. E quando nos encontramos num ambiente de simplicidade, sem estardalhaços, novos mergulhos, mais aprofundamento na vida interior, na solidariedade que nos une e que nos projeta, de maneira muito simples e eficiente, como agentes ativos na trama da vida, na construção de um mundo melhor que começa em cada um de nós.

O auto-conhecimento na Terapia Comunitária

Hoje pensava que a terapia Comunitária pode e deve ser lida de muitas formas, não de uma só. Ou seja, ela é uma estratégia pela qual a história de vida de cada um, de cada uma, se torna uma história entre muitas, diferente de todas, mas entretecida com todas. É singular, mas se parece com todas elas. Isto pode parecer um paradoxo, mas é isto o que acontece quando você começa a trabalhar a sua história de vida na terapia Comunitária.

A sua vida, que lhe parecia tão diferente de todas, já tão marcada que não poderia mais ser refeita, é uma vida que pode ser moldada de novo, de acordo com a sua vontade, com a sua decisão de ser feliz, de ser um vencedor ou uma vencedora, de traçar o seu próprio destino e, enfim, de ser você mesmo ou você mesma, a pessoa que é você, e não a que você achava que era ou a que aos outros poderiam querer que você fosse. Neste mergulho em nós mesmos, neste começar a saber quem somos, e a nos livrarmos de culpas e preconceitos (a melhor coisa que a alguém pode lhe ocorrer), começa a entrar ar na nossa vida, começamos a respirar de novo.

Muitas vezes tenho percebido como a nossa vida começa a mudar para melhor desde o momento em que passamos a nos integrar na teia da terapia, na teia da vida. A gente começa a ser mais autônomo, e é um processo crescente, um processo no qual vamos nos alimentando das nossas próprias riquezas interiores, as nossas pérolas. E quando nos encontramos num ambiente de simplicidade, sem estardalhaços, novos mergulhos, mais aprofundamento na vida interior, na solidariedade que nos une e que nos projeta, de maneira muito simples e eficiente, como agentes ativos na trama da vida, na construção de um mundo melhor que começa em cada um de nós.

terça-feira, 22 de março de 2011

Perdão: passaporte para a liberdade

Em uma das rodas de TCI o tema foi sobre a dificuldade de uma participante em aceitar as mudanças na sua vida. Porém, o tema apresentado é apenas o tema aparente, o que a pessoa consegue falara. Por trás deste há o tema latente, aquele que não é dito “na lata”, de imediato, seja por resistência (mecanismo de defesa inconsciente) ou por simples vontade de não se expor. Fazendo perguntas descobrimos que a dificuldade da participante em aceitar o novo, o diferente, em sua vida iniciou, conforme ela nos contou, numa experiência do passado. Com algumas perguntas que o grupo fez, chegou-se ao tema latente a dificuldade de perdoar alguém do passado.
Ao lançar o mote perguntei a ela: Você gostaria de ouvir sobre a dificuldade em lidar com as mudanças ou em vivenciar o perdão. Imediatamente ela disse: minha maior dificuldade é perdoar. Então lancei o mote: Quem já teve dificuldade em perdoar e depois conseguiu e como se sentiu? Silêncio total!
As participantes que falaram apenas se identificavam com o tema, todos apresentavam a mesma dificuldade. Quando todos numa roda de TC vivenciam o mesmo problema fica difícil trabalhar o tema por identificação, temos que apelar para a criatividade. Como NENHUM dos 25 participantes superou o problema eu contei um caso, um exemplo de superação, de alguém que conseguiu perdoar e não ficou na beira da estrada vendo a vida passar.
A falta do perdão obstrui a vida e a pessoa não consegue “sair do lugar". Por medo do desconhecido se priva de seguir no caminho e descobrir o que há depois da curva. A resistência dela em acolher o novo, as novidades da vida é fruto do medo de se ferir novamente e não conseguir outra vez perdoar. O perdão pode ser um passaporte para a liberdade e a experiência do novo.

sábado, 12 de março de 2011

Somos como pipocas numa roda de Terapia Comunitária

A Terapia Comunitária Integrativa (TCI) é como uma panela aquecida e nós, o milho que começaria a pipocar. Na nossa roda de TCI aconteceu mais ou menos isso. Uma pessoa disse: "Eu sempre fui rejeitada pelos meus pais...minha mãe deixou meu pai, depois eles arrumaram outros parceiros e ninguém nunca me deu carinho...ainda hoje eu sou muito carente".
Quando eu perguntei ao grupo quem havia recebido carinho de menos, foi um monte de pipoca estourando na terapia. Muitos queriam falar e sei que todos tinham o que contar. Um rapaz foi criado sem o pai, que fazia falta, mas ele passou a valorizar o que ele tinha: o amor da família materna e não o que faltava.
Outra participante contou que sua mãe fora embora de casa quando ela tinha 6 meses e foi criada por madrastas, avós, madrinhas. Depois ela disse: "eu dei para os meus filhos todo o amor que eu não recebi". Falamos sobre sua resiliência, a capacidade de transformar carencia em competência.
Uma terceira fora adotada e disse que nunca recebeu amor como as irmãs, filhas legítimas. Nós ressaltamos o fato de ela ter sido amada duas vezes, pela mãe que lhe deu a vida e quis proporcionar lhe uma vida melhor e pela mãe adotiva que a escolheu como filha, para amar.
Outra contou que a mãe nunca lhe deu um abraço: "ela esqueceu até do meu aniversário. Mas este ano ela me ligou e disse que me amava". Três mulheres falaram das preferências de sua mãe ou pai por outros filhos que não elas. Uma senhora, com mais de 60 anos, emocionou-se ao lembrar que sua mãe:"até no leito de morte, amou mais o meu irmão que a mim, que sempre estive ao seu lado".
Ao final eu agradeci a pessoa que trouxe o tema, pois nos deu a oportunidade de refletirmos sobre nossas carências. Todos temos um buraco, uma falta dentro de nós, todos sem exceção! A TCI traz à luz o que está escondido para identificarmos o buraco (a falta). Descobrimos, na TCI, que outros tem uma ferida parecida. Há sempre outra pipoquinha, com a mesma dor, estourando na panela.
Se você quiser saber mais sobre a nossa roda em Brasília: http://terapiacomunitariapsicanalise.blogspot.com/

terça-feira, 8 de março de 2011

Práticas Inovadoras em Políticas Públicas

Psicólogos(as),

O CFP disponibiliza à categoria textos de Práticas Inovadoras realizadas por psicólogo na Atenção Básica à Saúde, no Sistema Prisional e no campo das DST/aids.

Para conhecer as experiências inovadoras, acesse os links abaixo.

Práticas Inovadoras em Psicologia na Atenção Básica à Saúde

http://crepop.pol.org.br/novo/908_praticas-inovadoras-em-psicologia-na-atencao-basica-a-saude

Práticas Inovadoras no Sistema Prisional

http://crepop.pol.org.br/novo/893_praticas-inovadoras-no-sistema-prisional

Práticas Inovadoras em Políticas Públicas – DST e aids

http://crepop.pol.org.br/novo/369_praticas-inovadoras-em-politicas-publicas-dst-e-aids

Fonte: http://crepop.pol.org.br/novo/cat/publicacoes/praticas-inovadoras

Prefeitura de Guaxupé inova e forma primeira turma do curso de Terapia Comunitária


Há quase um ano a Prefeitura de Guaxupé trouxe para a cidade o curso de Terapia Comunitária. Uma aposta da atual administração com um objetivo muito simples e ao mesmo tempo muito ousado: capacitar gente para ouvir gente. É claro que isso é uma definição muito simplificada e até pequena diante da grandiosidade do projeto. A definição de Terapia Comunitária é bem mais complexa do que isso: “é uma abordagem terapêutica em grupo com a finalidade de promover a atenção primária em saúde mental. É um espaço de partilha de sofrimentos e descobertas, privilegiando o saber e a competência, construídos pelas experiências de vida do indivíduo, da família e da comunidade. Estimula o grupo a consolidar vínculos e “empoderar-se”.

De forma prática, a Terapia Comunitária é um instrumento de transformação de vidas, especialmente de vidas em estado de vulnerabilidade, seja social ou emocional e não necessita da intermediação de um psicólogo. O curso foi composto por 4 módulos, com uma carga horária de 160 horas de teoria e vivências, 120 horas de práticas em Terapia Comunitária e 80 horas de Intervisão. Na noite da sexta-feira, 26 novos terapeutas comunitários se formaram.
A cerimônia aconteceu no Teatro Municipal e foi marcada por depoimentos emocionantes e pela empolgação de todos ao apresentar resultados impressionantes como a diminuição e até a interrupção do uso de medicamentos de pessoas que participam de algum dos 8 grupos que a cidade já conseguiu formar.
Todos os alunos, hoje terapeutas, são unanimes em destacar a mudança que a participação no curso promoveu em suas vidas e que todos têm um novo olhar sobre o valor da conversa, sobre o valor de se compartilhar a vida com outras pessoas e especialmente do valor de se implantar vários núcleos de terapia comunitária em toda a cidade.
Uma máxima da Terapia Comunitária é essa partilha de experiências e a certeza de que a maioria dos problemas de saúde decorrem de problemas emocionais que podem ser minimizados ou eliminados com um bom desabafo em um ombro amigo.
Tudo parece muito simples, mas nada é simples no começo e foi preciso muita coragem para que o curso fosse ofertado de forma gratuita em Guaxupé. A Secretária de Desenvolvimento Social fez questão de destacar exatamente esse compromisso do Prefeito Roberto Luciano em revolucionar a administração pública trazendo as pessoas para o centro das atenções e dos esforços públicos. Segundo ela a Terapia Comunitária veio somar esforços para consolidar essa nova realidade da Assistência Social: “As políticas sociais ajudam materialmente e durante um intervalo de tempo. Mas a questão humana, pessoal, da vida não. A TC vem resgatar o real sentido da solidariedade e da vida em comunidade. O importante é fortalecer a autoestima da pessoa, e criar uma rede social que apoia o seu crescimento e desenvolvimento pessoal, profissional e social.”
O Prefeito Roberto Luciano lembrou que a depressão e a angústia foram considerados mal do século o que torna ainda mais importante o trabalho dos terapeutas comunitários que bem definiu o prefeito, pessoas de boa vontade, desprendidas que querem ajudar o outro e que é fundamental o trabalho de multiplicação desses núcleos de terapia: “Essa ação reflete o que a gente acredita ser uma família, uma comunidade e uma cidade mais feliz”.
Os mais diferentes profissionais frequentaram o curso: profissionais da área da saúde, assistentes sociais, educadores, lideranças comunitárias, mas fundamentalmente todas são pessoas com habilidades para lidar com grupos, pessoas sensíveis ao sofrimento do outro e interessadas em desenvolver trabalhos comunitários e dar sua contribuição para a melhoria da qualidade de vida de muitas famílias.
A Terapia Comunitária teve sua efetividade comprovada pelo SUS e será adotada nas Unidades Básicas de Saúde. Nesse sentido Guaxupé está um passo à frente da maioria dos municípios brasileiros e a previsão é que em breve, uma nova turma para o curso será aberta e com mais profissionais capacitados, mais comunidades serão beneficiadas.
O curso foi ministrado por 4 especialistas: Profª. Mari E. L. Teixeira, Profª Doralice Otaviano , Profª Ana Paula Cascarani e Profª Maria Vitória Paiva .

Terapia Comunitária tem reduzido consumo de medicamentos e elevado a autoestima social

Responsáveis pelo êxito das terapias: Ana Paula, Mari, Ana Luíza, Vitória e Dora
Responsáveis pelo êxito das terapias: Ana Paula, Mari, Ana Luíza, Vitória e Dora

O Ministério da Saúde já adotou oficialmente a Terapia Comunitária como uma das metodologias de tratamento do Programa Saúde da Família. Em Guaxupé, grupos de terapia começaram a se formar em maio de 2010. Segundo a Secretária de Desenvolvimento Social Ana Luíza de Souza, é um programa pioneiro no Sul de Minas. Depois de passarem por um curso de 360 horas, os formandos receberam um certificado na noite de sexta-feira, 26.2, no Teatro Municipal.

Oito grupos de terapia se formaram na cidade desde a implantação do projeto, mas a primeira formatura cedeu 26 diplomas, em especial para aqueles que participaram da carga horária exigida para se tornarem multiplicadores de novos grupos. Ana Luíza destacou publicamente que "não somos concorrentes dos psicólogos. Nós ouvimos e acolhemos o sofrimento das pessoas", já muita gente sofre sozinha.

Além de fazer parte dos centros de Referência da Assistência Social, como CRAS 1 e 2, duas igrejas cederam espaço para os encontros terapêuticos semanais: a São José Operário e a São Francisco, Duas entidades também disponibilizaram a terapia aos seus assistidos: a Luz da Vida no Combate ao Câncer e a AADG, Associação de Apoio aos Deficientes de Guaxupé.

Representando a AADG na solenidade e também uma das formandas, Ester de Mesquita Trevisan informou que, na Associação, os participantes se tornam mais compreensivos durante e depois da terapia. Foi também um apoio para lidar melhor com as diferenças e um trunfo a mais para elevar a autoestima e o convívio social. Ester adiantou que pretende continuar esse trabalho com outros grupos.
A presidente da Luz da Vida, Cida Sandroni, também fez terapia e foi uma oradoras da solenidade. Divulgou que atualmente 23 estados brasileiros aplicam a terapia comunitária, resultando num saldo aproximado de sete mil terapeutas comunitários capacitados. Tão importante quanto números são os objetivos a serem alcançados: prevenir depressão, sofrimento emocional, violência doméstica, despertar a solidariedade, capacitação técnica e profissional de multiplicadores, entre outras metas.

Na teoria e na prática já foi comprovado que "quando a boca cala, os órgãos falam; quando a boca fala, os órgãos saram". Presente na solenidade, a Secretaria de Saúde Luciana Terra comentou sobre os efeitos positivos da Terapia Comunitária, como a redução de consultas e medicamentos específicos. Posteriormente, vários formandos afirmaram que não consomem mais antidepressivos, ansiolíticos e afins. Para a secretária Luciana, a Terapia Comunitária é um momento de lazer que resgata o convívio entre as pessoas. "Tudo que envolve qualidade de vida é benefício para a nossa população. Quanto mais pessoas se interessarem pela terapia, melhores serão os resultados na sociedade."

A multiplicação da qualidade de vida

Os novos multiplicadores terapêuticos Terezinha, Cida e Celso A intenção que os oito grupos iniciais se multipliquem cada vez mais. Do total de 360 horas do curso, 80h são dedicadas à teoria. Há 120 h de aulas práticas e mais 80h de intervisão, em que um ajuda o outro. Tem ainda outras 80h de vivência terapêutica.

Alguns formandos já iniciaram a multiplicação de cursos. A professora Maria Aparecida Smargiassi, juntamente com o publicitário Celso de Moraes e a aposentada Terezinha de Rezende pretendem implantar, agora em março, a Terapia Comunitária no horário noturno da Esc. Mun. Antônio Costa Monteiro, tornando assim a Secretaria de Educação uma parceria desse programa social e de saúde.

Para a professora Cida, "o curso foi maravilhoso como crescimento pessoal. "Para entender o outro, você primeiro que tem se compreender como pessoa", ele definiu. Já a aposentada dona Terezinha poderá também contribuir ainda com a experiência da idade, 76, e a disposição para aproveitar a vida. Recentemente ela estudou teclado, piano e até saxofone.

O presidente da Associação Amigos da Esperança, João Carlos dos Santos, que desenvolve um trabalho social com 98 crianças carentes, em diferentes bairros, pretende formar dois grupos. Um será para adultos, no bairro Santa Cruz. "Você precisa ter tempo para conviver com as pessoas. Isso ajuda a gente mesmo. Quando alguém ouve as pessoas pode resolver um problema próprio, pessoal". O segundo grupo idealizado será específico para crianças. A intenção é suprir uma carência atual da falta de tempo dos pais, que trabalhavam fora ou estão passando por problemas emocionais, e não têm tempo ou disposição para ouvir os filhos.

Outro multiplicador é Toninho Vilas Boas, que já levou uma sessão de Terapia Comunitária para a área rural e está empenhado levar em dar continuidade a esse projeto. Diante de depoimentos sobre os benefícios alcançados, provavelmente a ex-professora Maria dos Reis Carmo será uma das multiplicadoras na igreja São José Operário.

Ao ouvir o pai João Carlos dos Santos ser entrevistado, a filha Mônica, de 12 anos, perguntou com muita graça e naturalidade se tudo que foi falado, pelos entrevistados e outras pessoas, ia sair no jornal. Apenas por limitação de espaço só é possível resumir e registrar o essencial, ainda que muitos depoimentos sejam exemplos valiosos de como mudar de vida. Nesse caso, melhor do que a leitura é participar da terapia. Falar e ouvir para que órgãos humanos, como o coração e outros, possam se curar de dores profundas causadas pelo peso da solidão.

Fonte: Correio Sudoeste

http://www.correiosudoeste.com.br/noticias/geral/item/835-terapia-comunit%C3%A1ria-tem-reduzido-consumo-de-medicamentos-e-elevado-a-autoestima-social

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A Terapia Comunitária Integrativa no Ambiente de Trabalho

Esta é minha primeira participação neste blog. Diga-se de passagem é com muita alegria que recebo o convite do Marcelo Abdala. Me chamo Teresa Freire sou terapeuta comunitária e psicóloga, moro em Brasília, tenho um grupo no trabalho e outro com adolescentes. Hoje quero apresentar o primeiro grupo e com o tempo vou postando os resultados: dificuldades e estratégias de superação aprendidas nas rodas.
Os participantes desta roda de TCI que realizo são trabalhadores terceirizados da área de conservação e limpeza. Ao todo são cerca de 200 terceirizados com jornada de 44 horas semanais. O grupo de trabalhadores que participa da roda é formado por mulheres (em maior número) e homens, participam regularmente cerca de 30 trabalhadores.
Estes trabalhadores moram longe e em função da natureza do trabalho são obrigados a ficar em pé grande parte do tempo, acarretando problemas de saúde como dores nas pernas e problemas de circulação. Alguns pegam peso em demasia, o que leva a problemas ortopédicos, como coluna e outros.
Pelo fato de não terem estabilidade no emprego, eles podem ser demitidos ou transferidos a qualquer momento. Em função disso o grupo está sempre com novos participantes, apesar de existir participantes que nunca faltam, muitos saíram e novos estão sempre chegando. Percebemos que o discurso dos novatos, nos primeiros encontros, também é de negação do sofrimento: “só tenho a agradecer, não tenho nenhum problema” ou “fiquei preocupada em vir para este prédio, onde eu não conhecia ninguém, mas tudo que Deus faz é pro meu bem”.
Hoje, muitos sofrimentos são reconhecidos e trazidos para a roda. Uma das questões trazidas pelos participantes é que eles se sentem engessados pelas regras do trabalho, que eles definem como inflexível, com quase nenhuma autonomia. A Psicodinâmica do Trabalho considera que a organização do trabalho é saudável quando oferece oportunidades para negociação, ou seja, quando há uma certa liberdade para o trabalhador ajustar a realidade de trabalho aos seus desejos (Mendes, 2008). Ou seja, um trabalho saudável é aquele que é flexível, que permite ao trabalhador ser criativo.
Nas rodas de TCI os trabalhadores aprendem a identificar o que os oprime, a verbalizar, a reconhecer suas competências e resiliências.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Terapia Comunitária em Sorocaba

Ipanema online

“Quando a boca cala, o corpo fala. Quando a boca fala, o corpo sara”. Este é um dos lemas da terapia comunitária, que tem como objetivo a promoção da saúde: sua metodologia é a formação de grupos, onde cada participante relata suas experiências e problemas, auxiliando assim uns aos outros a superar as aflições do dia-a-dia, antes que elas se transformem em doenças ou se agravem.

Em Sorocaba, além de já existirem doze rodas de terapia comunitária em funcionamento e mais três que devem começar em breve, a prefeitura, em parceria com o Grupo Piracema – Núcleo Regional de Atenção à Família, promovem desde agosto o curso de formação de terapeutas comunitários. A primeira turma, composta por 42 pessoas, entre elas profissionais das Secretarias da Saúde (SES), da Juventude (Sejuv) e da Cidadania (Secid) e dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), se formará em março.

Direcionada também a líderes comunitários e pessoas que desenvolvem algum trabalho relacionado à promoção social ou de saúde, a iniciativa tem como meta formar os chamados ’terapeutas comunitários’, que irão auxiliar nos cuidados da saúde emocional e mental da população, principalmente nos bairros periféricos da cidade.

“A terapia comunitária visa abordar as pessoas que tenham algum tipo de sofrimento. É uma forma de tratar da saúde delas, promovendo uma melhoria na sua qualidade de vida, sem que necessariamente elas tenham de ir a um psiquiatra, por exemplo. Por isso, Sorocaba sai à frente mais uma vez, oferecendo o curso gratuito de formação de terapeutas comunitários”, comenta a médica Maria Clara Schaidman Suarez, aluna do curso, uma das gestoras do programa de Terapia Comunitária e coordenadora do Serviço de Saúde Mental da SES.

Desde outubro do ano passado, alguns alunos do curso já estão atuando nas comunidades. Sorocaba foi dividida em seis grandes áreas e, em cada uma, atuará um grupo de terapeutas para realizar o trabalho com a população. “Nossa ideia é chamar mais pessoas para participarem da terapia comunitária e aumentarem o número de rodas, para que, em breve, possamos atender o município inteiro”, diz Maria Clara.

Márcia Ribeiro de Freitas, que trabalha na rede municipal de saúde, é uma das alunas do curso e já participa das rodas de terapia comunitária. “É uma troca intensa de experiências. Está sendo muito gratificante participar e fazer parte deste programa”, declarou.

As doze rodas de terapia em funcionamento estão distribuídas em pontos estratégicos da cidade (veja quadro abaixo). Para participar, basta procurar um dos locais onde são realizadas as sessões e pedir informações.

Rodas de terapia comunitária em Sorocaba:

Caps Jovem (Vila Angélica)

Avenida Angélica, 1.048 - Vila Angélica

Terças-feiras, às 15h30

UBS Sorocaba I

Avenida Américo Figueiredo, 3.171 - Júlio de Mesquita

Terças-feiras, às 8h30

UBS Vitória Régia

Rua Francisco Silva Martins, 35

Quintas-feiras, às 14h30

UBS Escola

Avenida Comendador Pereira Inácio, 500

Quintas-feiras, às 8h30

CRAS Brigadeiro Tobias

Avenida Bandeirantes, 3.835

Segundas-feiras, às 10h

UBS Vila Haro

Rua Aristides Silva Lobo, 379

Quartas-feiras, às 8h

Igreja Católica do bairro Iporanga 2

Quintas-feiras, às 8h30

6ª Igreja Presbiteriana Independente da Vila Jardini

Rua Abolição, 341

Quartas-feiras, às 9h

EM “Inês Rodrigues Cesarotti”

Rua Maria Moreno Trugillano - Jardim Bonsucesso

Terças-feiras, às 14h

Antigo Santuário de Nossa Senhora Aparecida

Praça principal do bairro Aparecidinha

Segundas-feiras, às 8h

UBS Vila Sabiá

Rua Dionísio Bueno Sampaio, 91

Quartas-feiras, às 9h

UBS Paineiras

Rua Elisa Stefani Ramos, 130

Quintas-feiras, às 10h

Informações: Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Sorocaba

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

APOIO A NOVA FRIBURGO - RJ

ESTA REDE E ESTE MOVIMENTO DE TERAPIA COMUNITÁRIA TIVERAM INÍCIO NA CIDADE DE NOVA FRIBURGO- RJ, A PARTIR DO ENREDES E VISITA DO PROF. ADALBERTO BARRETO....

A CIDADE ESTÁ PRECISANDO DE APOIO DE TODOS OS LUGARES... POIS SOFREU, MUITO COM AS CHUVAS E DESLIZAMENTOS.... ESTAMOS ENTRANDO EM CONTATO COM AS ONG´s E ASSOCIAÇÕES PARA QUE AUXILIEM NO QUE PUDEREM


Centro da Cidade

A Prefeitura de Nova Friburgo, na região serrana fluminense, criou uma conta bancária para receber doações para as vítimas da chuvas na cidade.


Rodoviária Urbana (Centro)

Segundo a administração municipal, o número da agência do Banco do Brasil para depósito é 0335-2 e a conta corrente 12000-3 (SOS Nova Friburgo).


Centro (Perto do Paissandú)

A Prefeitura informou que está precisando de água potável, colchonetes e alimentos não perecíveis. Os donativos podem ser entregues na própria sede do governo municipal e também na igreja Catedral Matriz.


Ponte no Centro da SEF

A administração municipal pede ainda que sejam enviadas embalagens não descartáveis, como colheres, garfos e pratos. Segundo a assessoria de imprensa, estão sendo oferecidas cerca de mil refeições por dia para as vítimas. Como falta água para lavar a louça, se torna necessário a aquisição de embalagens descartáveis.

Centro (praça do teleférico)

Os depósitos podem ser de qualquer valor e realizados de todas as regiões do Brasil e também do exterior.

Outros contatos:

Nova Friburgo (Polo da FIA) – Avenida Julius Antônio Thuller, 480, Olaria.
Batação de Polícia Militar de Nova Friburgo

Não sei se a Secretaria de Assistência Social e o SESC estão recebendo, pois o SESC fica perto do rio...

As informações chegarão...

Mantemos contato e apoio!!!!

Marcelo Abdala

Decodificando a Linguagem Corporal

CURSO DECODIFICANDO A LINGUAGEM CORPORAL

A ABRATECOM tem o prazer de convida-lo (a) a participar do CURSO DECODIFICANDO A LINGUAGEM CORPORAL a ser realizado em

Nogueira/ Petropolis/ Rio de Janeiro, com o PROF. ADALBERTO BARRETO. Mais informações sobre o curso no arquivo em anexo. Também anexo

a ficha de inscrição a ser preenchida e enviada para o email abratecom@abratecom.org.br





Att
Selma Hinds
Presidente da Abratecom

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Reversibilidad de valores (Ramón P. Muñoz Soler)

“Hay un movimiento de expansión de La vida, de florecimiento en la diversidad de los valores, y um movimiento de repliegue de la vida sobre si misma em busca de um valor único que la trasciende” (Ramón P. Muñoz Soler, Antropología de Síntesis, 1980, p. 215)

Esta citación, que nos remite a um tipo de escritura en que el autor y la obra se funden, tan contrariamente a lo que se acostumbra ver em aquellos escritos en que uma cosa no tiene nada que ver com la otra, tal la disociación entre lo que se escribe y lo que se es, entre el autor y su obra, me parece la mejor manera de introducir al lector, a um tipo de obra en que de a poco uno se va descubriendo parte de la misma.

En la mayor parte de los libros universitarios, dichos científicos, no te reconoces, no te ves, no estás allí. Es lo que una llamada “academia,” tiene como texto científico. No debes estar allí, o no será científico.

En los textos de Muñoz Soler, ocurre lo contrario. El autor está allí, vos también, y en ese diálogo que camina hacia una convergencia fecunda y reveladora, de pronto te vas viendo como parte de una realidad de la que siempre formaste parte, y no sabías, o mejor dicho lo habías olvidado.

Las obras de Ramón P. Muñoz Soler, desde Gérmenes de Futuro e El Hombre, hasta las más actuales, publicadas después de su muerte, tienen todas el mismo signo: son llamados a un reencuentro de la persona consigo misma, a un regreso del ser a la dimensión o dimensiones que les son propias, y es a ésto a lo que se refiere el texto del epígrafe.

Cuado fue publicado Gérmenes de futuro en el hombre, en los años 1960, la revolución estudiantil estaba en su auge. La obra de Muñoz Soler recoge ecos de las luchas sociales y de los movimientos científicos y espirituales. Su lenguaje es de síntesis, pues dice tantas cosas al mismo tiempo, que muchas veces puede parecer o de hecho ser ininteligible.

Pero el autor da las claves para su propia interpretación, en “Reversibilidad de valores”, publicado póstumamente: Puede ser leído intelectualmente, o por resonancia por similitud. Y ambas vías pueden complementarse, y de hecho, lo hacen, según la sensibilidad y puntos de vista de los lectores.

El lenguaje de síntesis de Muñoz Soler nos abre las puertas para una lectura de nosotros mismos y del mundo en que vivimos.

Ponte Fortaleza – Grenoble

José Maria Tavares de Andrade*

Este início de ano vai ficar na história das relações Norte/Sul pelo sucesso da Ponte Fortaleza – Grenoble. O avanço dos intercâmbios entre estas duas municipalidades vem espalhando a Terapia Comunitária com o fogo no monturo, não só em Grenoble e Marseille, como na Suíça e outros países da Europa e da África. Não se trata de uma ponte aérea, nem de uma linha vermelha, pois não contamos com vôos diretos nem freqüentes entre os nortistas do hemisfério Sul e os sulistas franceses.

Para chegarmos a Grenoble, cidade de 300 mil habitantes, aterrissamos no aeroporto de Lion e até encontramos nosso amigos, fizemos mais 100 km ao Sul, em 28 minutos apenas de trem, saindo da estação Lyon Part Dieu - que quer dizer a parte de Deus, ou seja, o de comer dos pobres. Em Grenoble estamos a 300 Km do Mediterrâneo, a 500 de Paris e de Strasbourg.

Nesta região de tradição religiosa e revolucionária – onde nasceu a Revolução francesa - os nativos resistiram à águia do imperialismo romano que derrubou os templos celtas dizendo-se até hoje que os gauleses analfabetos temiam que caíssem em suas cabeças pedaços de céu velho. Em Lion vemos ainda o teatro romano onde os leões trazidos de Roma comiam os perdedores vivos. Com o Cristianismo o sacrifício não é mais sangrento, e com a 'modernagem', os espetáculos de massa são menos violentos, tanto na terra de Zidane que no país de Ronaldinho, de Pelé, de velhos carnavais e novas novelas. De Lion partiram para o novo mundo missionários de muitas ordens religiosas e foi de Lion que partiu o Espiritismo de Alan Kardec para alimentar os sincretismo na religiosidade popular. O Brasil que ainda forja seus deuses e exporta suas novas religiões, além de matérias primas.

Hoje a região importa a Terapia Comunitária do Dr. Adalberto Barreto. Neste outro lado do Atlântico tivemos que rebatizar esta inovação e avanço na saúde pública, pois as duas palavras – "terapia" e "comunitária" – fazem medo aos europeus. "Terapia" é coisa só para doutor, ou seja monopólio de um saber legítimo de uma medicina que ela mesma está doente e intoxicando os pacientes que não têm mais paciência. E "comunitária" aqui evoca a doença política do "comunitarismo", ou seja de sectarismos ou mesmo de terrorismo. Estamos chamando aqui este novo saber- fazer do trabalho de grupo, centrado na pessoa, como forma de nova socialização, um santo remédio para combater o individualismo moderno de grupo de escuta, palavra e laço ("lien").

Esta ponte Fortaleza – Grenoble é uma prova que outra globalização é possível, quando experiências de solidariedade nascidas nas favelas de Fortaleza são exportadas para o primeiro mundo. Quando a Sociedade civil planetária (SOCIPLA) assume seu papel entre os dois outros atores históricos Estado e Capital a história avança. A SOCIPLA segurando com a mão esquerda o Estado e seus serviços públicos e com a mão da direita a força bruta do capital selvagem e sua responsabilidades sociais o projeto da humanidade avança.

Esta ponte Norte/Sul foi montada por Associações dos dois lados do Atlântico: O Projeto Quatro Varas de Fortaleza e a Associação dos amigos do Projeto Quatro Varas de Grenoble. A Terapia Comunitária do Prof. Adalberto Barreto chegou à França articulando os serviços públicos de saúdes com ONG. Esta ação conjunta dos serviços públicos universitários e municipais com Associações ou ONG formam o que chamamos de corpo intermediário. O que deu certo no Ceará está dando certo no velho continente.
A Prefeitura de Fortaleza, parceira do Projeto Quadro Varas, assume a nova metodologia social, nascida do trabalho de base da Extensão universitária, com a farmácia viva do Dr. Mattos, do teatro educativo e das velhas técnicas de massagens. Estas novas formas de serviços públicos – liturgias em grego – nascida no engajamento comunitário, na extensão universitária, na Educação Popular que vem rearticulando o saber fazer popular com a C&T mais moderna.

Na delegação de Fortaleza vieram líderes populares que nunca foram à Escola, como Dona Zilma, a rezadeira e Seu Zequinha do movimento de articulação cidadã, na luta pela volta do trem. Eles dois co-fundadores da terapia comunitária, faz vinte anos, deram um show em Grenoble, em seu trabalho de intercâmbio Norte / Sul, tanto em auditórios cheios como em pequenos grupos institucionais. Nesta delegação, além de Dr. Adalberto Barreto estava o próprio Secretário Municipal de Saúde, Prof. Dr. Odorico de Andrade que veio trazer a boa nova do casamento entre serviços públicos e organizações populares, entre o saber-fazer popular e a Ciência & Tecnologia. Esta utopia política que nos alimenta a esperança de menos injustiça e mais democracia nas instituições no Norte e do Sul.

Da França para Fortaleza os amigos do Projeto 4 Varas levam avanços no saber fazer da saúde pública, como as massagens para crianças e as técnicas de espetáculos educativos. Esta ponte não é de hoje ela está festejando hoje seus 15 anos e está exportando para outros países esta criatividade da Terapia comunitária, centrada na escuta das pessoas que sofrem, na democrática do uso da palavra e na criação de novas laços de solidariedade que liberta o cidadão do individualismo, moderno que está matando gente de frio neste capitalismo selvagem.

*http://ethnopharma.free.fr/brazil.htm - zeandrade@ifrance.com
http://ethnopharma.free.fr/brazil.htm - zeandrade@ifrance.com

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Terapia Comunitária no Chile


2011

FELIZ 2011!!!!

QUE ESTE NOVO ANO NOS TRAGA NOVAS RODAS E INVENÇÕES NA PARTILHA DE NOSSAS DIFICULDADES, QUE NOSSA REDE SOLIDÁRIA E AFETIVA CONTINUE GIRANDO, GIRANDO E GIRANDO SEMPRE...

GRATO PELA PRESENÇA DE TODOS...

MOVIMENTO INTEGRADO DE TERAPIA COMUNITÁRIA - MITCO
http://br.groups.yahoo.com/group/MITCO/