
Cinco anos se passaram, eles não estão mais juntos, ele teve uma filha com a outra mulher e está sozinho. Após tanto tempo o sentimento é o mesmo e ainda a leva a chorar ao relembrar. Ela contou que raramente fala sobre este assunto: “fico com isso guardado, só pra mim”. Ter a oportunidade de falar de sua dificuldade e reconhecê-la é o primeiro passo para a superação.
Outra participante contou uma experiência semelhante e disse que superou e, numa noite de Natal, abraçou o ex-marido e sua atual mulher. “Me senti leve, quando perdoei os dois”.
Na Terapia Comunitária temos a oportunidade de identificar nossas dificuldades a partir da dificuldade do outro, no grupo. Também se aprende numa roda de TC a acreditar que se o outro é capaz de perdoa, se sentir leve, eu também sou.
Na falta do perdão a pessoa segue a vida levando um peso sobre si, uma dor interminável. Devemos exercitar o perdão para aprender a exercê-lo. Então, devemos começar por pequenos desafios: se alguém pisa no seu pé, você desculpa; se chuta sua canela, você perdoa. Nas pequenas coisas você aprende a perdoar... até que um dia é capaz de perdoar quem feriu o seu coração. De repente, o peso que levava sobre as costas... que peso? Me senti leve!
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