domingo, 6 de outubro de 2013

Ter ou não ter o respeito dos filhos adolescentes

O tema desta semana girou em torno da educação de filhos adolescentes. Uma mãe nos conta que a filha de 12 anos tem dado muito trabalho. A jovem mãe possui três filhos, o mais velho mora com o pai. Ela mora na casa da mãe com as duas filhas de 10 e 12 anos. A mais velha conversa com a mãe apenas o essencial, bate violentamente na mais nova, não tem se dedicado aos estudos e anda com “amigos” mais velhos e suspeitos. Sem diálogo e com agressividade, a convivência está insuportável e a mãe não sabe o que fazer, sentindo-se impotente.
Outra mãe disse que já se sentiu assim e que agora consegue ter autoridade com a filha e que isso tem feito toda a diferença na relação. “Aqui quem manda sou eu e você vai me obedecer” disse Valdenice para sua filha de 16 anos que queria sair tarde da noite para encontrar o namorado.
Autoridade não é uma coisa que se impõe, ao contrário, é construída. Hoje muitos pais se sentem perdidos, sem saber como direcionar filhos revoltados ou sem limites. Saber impor limites não é fácil. Winnicott já dissera ninguém melhor que a mãe para maternar seu filho. Eu diria que não há ninguém melhor que os pais para impor limites ao filho. Os pais são os educadores mais habilitados a lidar com os filhos.
Durante a adolescência o filho precisa construir sua própria personalidade, para isso ele negará os pais, desqualificando-os. É preciso que nós, pais, tenhamos maturidade para suportar tais negações e sabedoria para conduzir o filho para o caminho que consideramos correto.
Quando estamos vivendo tal conflito familiar parece que é o fim. Porém, é apenas o início de uma relação futuramente equilibrada. As participantes mais velhas disseram que passaram por isso e que hoje seus filhos são adultos que dominam sua vida. Uma mãe disse que se tivesse sido mais presente no passado, talvez hoje seu filho não estivesse preso.

domingo, 2 de outubro de 2011

Como será o amanhã?

Esta é uma pergunta que todo ser humano se faz. Especialmente na juventude, momento de decisões, escolhas e aparentemente de definição para o resto da vida. Digo aparentemente porque seja qual for o caminho escolhido, desde que não leve a morte, sempre será possível retomar, reencontrar alguém do passado, escolher outra profissão...
Para quem não conhece a música: Monobloco

Como será amanhã? 
Responda quem puder
O que irá me acontecer? 
O meu destino será
Como Deus quiser 
Como será?... 
A cigana leu o meu destino
Eu sonhei!
Bola de cristal
Jogo de búzios, cartomante
Eu sempre perguntei
O que será?

Autor: João Sérgio

Ontem, eu e Arthur, fizemos duas rodas juntos. A primeira foi na UnB com 37 jovens, todos participavam pela primeira vez de uma roda de TC. O tema escolhido foi este: angústia em relação ao futuro. Um jovem profissional angustiado em relação ao seu amanhã, profissão e relacionamento..
Uma participante contou que ter filhos, ainda muito jovem, foi uma escolha difícil: “eu estava seguindo reto, rumo aos meus objetivos...agora vou por um caminho mais longo, mas vou chegar ao mesmo lugar”. Outra jovem relatou que deixou sua família e veio estudar em Brasília, em busca de seus sonhos: “é difícil ficar longe das pessoas que eu amo...mas eu acho que fiz a escolha certa”. Um rapaz nos contou que descobriu que precisava primeiro pensar nele, pra depois pensar nos outros.
Parece que de alguma forma nós fazemos o futuro, mas por outro lado a vida também nos leva para o futuro, por caminhos que não planejamos.  Mas o que é a vida? O que é o futuro? Se não um constante surpreender-se (com alegrias e tristezas) neste nosso percurso de existir. Neste caminho encontramos pessoas, algumas fazem a diferença, outras nem tanto. Todos passamos pela vida, uns dos outros. Na vida fazemos escolhas diariamente, algumas relevantes, outras nem tanto.
Não adianta bola de cristal, cartomante, jogos de búzios. Em períodos de crises, com grandes escolhas, penso que é preciso acalmar-me internamente, saber distinguir o que é meu e o que é do outro, para viver um pouco mais consciente. Mas pedras no caminho? Sempre. Mas o que você faz com elas? Concluo com Cora Coralina: Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA COM ÊNFASE NA EDUCAÇÃO

MISMEC-CE
MOVIMENTO INTEGRADO DE SAÚDE MENTAL COMUNITÁRIA DO CEARÁ
E
CEFC - CENTRO DE ESTUDOS DA FAMÍLIA DA COMUNIDADE - Ceará
Pólos Formadores em Terapia Comunitária Integrativa
INFORMATIVO
È com imensa alegria que partilhamos com você a promoção da I FORMAÇÃO EM TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA COM ÊNFASE NA EDUCAÇÃO em território nacional.
Essa iniciativa pioneira é uma realização da SECRETARIA MUNICIPAL D A EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE PACATUBA –CE.
Segundo a secretária de educação ANA KELLY CAVALCANTE o município possui hoje 33 ESCOLAS, e todas implantaram a TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA.
Ações pioneiras é marca registrada do município de Pacatuba, que em 2003 recebeu pela primeira vez o SELO UNICEF. ntão vem sendo aprovado todos os anos.
Manteremos mensalmente um Diário de Campo informando o desenvolvimento das atividades.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

I ENCONTRO DOS TERAPEUTAS COMUNITÁRIOS DA PARAIBA

SEMINÁRIO REGIONAL DE SAÚDE MENTAL COMUNITÁRIA
I ENCONTRO DOS TERAPEUTAS COMUNITÁRIOS DA PARAIBA
LOCAL: Auditório da Reitoria - UFPB - CAMPUS I
DATA: 27,28 de Outubro de 2011
Proposta: 300 Participantes
Inscrição: online
Valor: Estudante - 40 reais / Profissional - 80 reais
REALIZAÇÃO: Grupo de Estudo GEPSMC/UFPB COMAD( Conselho Municipal Antidrogas), CRP (Conselho Regional de Psicologia)
PROGRAMAÇÃO PRÉ-SEMINÁRIO
25/10/2011 Terça-feira - Tarde (Centro de Ciências Sociais Aplicadas)
14h00 - 17h00 Credenciamento e entrega de material
Local: Praça da Alegria CCSA
14h00 - 18h00
Curso 1 - Pré-Congresso: Terapia Comunitária Integrativa
Curso 2- Pré-Congresso: Importância da Intervenção Precoce em Saúde Mental na Atenção Básica
PROGRAMAÇÃO SEMINÁRIO
26/10/2011 Quarta-feira – Manhã (Auditório da Reitoria da UFPB)
07h00 – 08h00 – Credenciamento e entrega de material
08h00 – 09h00 – Mesa de Abertura
09h00 – 10h00 – Conferência de aberturaRede Nacional Integral de saúde Mental
Palestrante: Luiz Odorico Monteiro
10h00 – 10h15 – INTERVALO – Apresentação Cultural

10h00 – 11h45- Mesa Redonda - Experiências Exitosas em Serviços Substitutivos em Saúde Mental
11h30 – 12h30 Exposição de poster ( Hall da reitoria
26/10/11 – Quarta-feira - Tarde (Auditório do CCJ)
14h00 – 15h00 – Mesa redonda: – Saúde mental e inclusão social
Coordenação da mesa a definir
15h00 – 15h15 – INTERVALO
15h45 – 17h30 – Grupo temáticos ou Oficinas ( Salas de Aula do CCSA)
Salas a definir
Temas: Práticas Integrativas: Reflexologia
Síndrome de Burnout
Terapia comunitária
Práticas dos profissionais no cuidado de criança e adolescente
Álcool e outras drogas
Práticas Inclusivas na Atenção Psicossocial
27/10/11 – Quinta-feira - (manhã) (Auditório do CCJ)
08h00- 09h30 – Mesa redonda: Saúde Mental do Trabalhador
08h00 – 09h30 - Workshops: Terapia Comunitária Integrativa: Reflexões e Práticas (Auditório Azul/CCSA)
09h30 – 09h45 – Intervalo
09h45- 11h30 - Oficinas – Práticas integrativas e complementares (Salas de aula CCSA)
Facilitadores: Biodança
Facilitadores: Trabalho Corporal
Facilitadores: Cuidando do Cuidador
Facilitadores: Dinâmica Grupais
Facilitadores: Ioga
Facilitadores: Acumputura
Facilitadores: Florais de Bach
11h30 – 12h30 – exposição de poster ( Trabalhos inscritos) Hall da reitoria
27/10/11 – Quinta-feira - (tarde) (Auditório Reitoria)
14h00 – 16h00 – Mesa redonda: Políticas públicas sobre álcool e outras drogas
16h00 – 16h15 – Intervalo
16h15 – 17h00 – Conferência de Encerramento e Premiação dos Trabalhos

domingo, 14 de agosto de 2011

Que pai é você? (vale pra mãe)

Tenho convivido com uma geração de pais que são exemplos a serem seguidos. No passado, não muito longe, as mães eram as responsáveis pelo desenvolvimento emocional, psíquico, cultural, físico e social de seus filhos. Aos pais cabia apenas sustentar e demonstrar seu afeto não deixando faltar nada. Quando eu era criança, recentemente (sorrisos), os pais já começavam a ocupar outros espaços na educação de seus filhos: conversava, orientava, abraçava. Hoje, a distribuição dos papeis está mais equilibrada.
Mas eu sinto que hoje os papeis estão menos definidos, e isso é bom! As bulas, que orientavam o papel do pai e o da mãe, estão ficando mais parecidas. Alguns papeis nunca mudarão, principalmente na primeira infância, pois quando o filho é bebê a mãe fica meio misturada com ele, bem mais que o pai. Conforme o bebê cresce cabe ao pai dizer: "essa mãe é sua, mas a mulher é minha!"
Estou dizendo que pai e mãe têm funções diferentes, mas podem fazer as mesmas coisas. Desempenhar papeis é diferente de ter função de pai e de mãe. Tanto pai quanto mãe podem dar carinho, levar ao cinema, corrigir, orientar, por limites, amar... Mas a função materna e a paterna são distintas. O que não impede que na falta de um o outro ocupe as duas funções.
Mas nem tudo são flores ainda há muitos filhos que não sabem quem são seus pais, outros têm na figura paterna a encarnação da violência e do vício. Há filhos que não sabem o que é conversar com o pai. Vejo isso nas rodas de Terapia com os adolescentes. Mas também vejo pais tentando resgatar este espaço com os filhos na Terapia com adultos.
O outro extremo da classe média e alta é de pais submissos aos filhos. Um pai sem autoridade, no meu ponto de vista, não é um pai, é um tolo. O pai precisa assumir o seu lugar de pai, mas alguns acham que os filhos são tão importantes que não podem ser contrariados. Estes pais criam reizinhos tiranos, princesinhas tiranas, filhos sem limites.
Como eu sempre digo: criar filhos é fácil, difícil é educá-los! Sempre há tempo para recomeçar. Para reconhecer o poder que tem um pai na vida de seus filhos. Que pai é você? O agressor e tirano? O submisso e inseguro? Ou o pai que busca o equilíbrio?

sábado, 13 de agosto de 2011

Livro TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA SEM FRONTEIRAS

A proposta deste livro é oferecer subsídios para que os estudiosos da TCI possam responder a algumas de suas inquietações e aprofundar as correlações percebidas com diversas referências teóricas. A obra Terapia Comunitária Integrativa Sem Fronteiras representa uma convergência de diferentes olhares, princípios e práticas desta metodologia. Os articulistas, de nacionalidades e abordagens diversas, atuam com a TCI em vários contextos sociais. Os capítulos estão organizados em três partes: Filosofia e Ciências Humanas, Abordagens Terapêutica e Aplicações nas Políticas Públicas da Saúde e Educação. Este livro contou com o apoio do Movimento Integrado de Saúde Comunitária do DF.



O MISMEC-DF, instituição sem fins lucrativos, criado em março de 2002, funciona como polo formador de Terapia Comunitária Integrativa, faz parte da rede ABRATECOM e vem participando dos avanços da TCI no Brasil e em outros países. O MISMEC-DF tem trabalhado exaustivamente pela integração de pessoas e comunidades no resgate da dignidade e redução de qualquer tipo de exclusão, através do fomento de redes solidárias e cidadania ativa.

O livro será lançado durante o VI Congresso Brasileiro de Terapia Comunitária Integrativa em Santos - SP no dia 1 de setembro de 2011.




domingo, 7 de agosto de 2011

Direção interior

Quando surge a intolerância, a dificuldade de convivermos com os diferentes, podemos tentar tomar distância, olhar de um pouco mais longe, para tentarmos perceber o contexto daquilo que nos incomoda. Pode ser que aquilo que nos irrita hoje, seja um eco de coisas que tivemos que suportar no passado, e diante das quais não soubemos reagir à altura, adequadamente.

Podemos tentar o caminho de olhar para dentro, para ver o que há naquela pessoa que nos remete a uma situação do passado, talvez nunca de todo bem resolvida. Há no nosso interior todo um vasto acervo de experiências de que podemos nos valer para agirmos em circunstâncias difíceis. Basta confiar mais nessa nossa bússola interior, que nos fez sair de situações bem mais difíceis no passado.

sábado, 9 de julho de 2011

A TCI com adolescentes e o bulliyng

A TC com os meninos adolescentes teve como tema conflitos escolares. Um garoto contou que brigou com a professora, "gorda e chata". Por isso, foi expulso da sala de aula. Outro contou que teve todas as notas a baixo da média. Um terceiro disse que se meteu numa encrenca daquelas: "bati num moleque, quebrei o braço dele". Num primeiro momento ouvimos os três e escolhemos o tema do garoto que quebrou o braço do outro.
Em seguida lançamos o mote: Quem já passou por dificuldades na escola e como superou? Observe que este mote é bem amplo. Fiz isso com dois objetivos: 1. de que todos na roda fossem contemplando; de que eles aprendam a generalizar, partir do particular para o geral.

Após algumas falas, passamos a focar nas formas de violência na escola. Quem já passou por dificuldades com violência na escola e como superou? Como controlar a agressividade? Vários garotos responderam ao mote com dicas como: Contar até 10 antes de agir, sair de perto do provocador, não provocar, pensar nas consequências (você pode ir pra uma instituição, ou ficar conhecido como o garoto briguento da escola). Alguém contou que nunca brigou na escola. Concluímos que é difícil controlar a raiva, mas que é possível. O garoto que agrediu disse que vai evitar brigas, porque não quer envergonhar a sua mãe.
No bullying há dois lados um dos que agridem e ofendem dos que são agredidos. Aqui falamos a versão dos que batem. Parece que os dois lados estão em sofrimento. A TCI favorece a conscientização do sofrimento e das consequencias externas advindas da violência.
Muitas pessas têm me enviado email interessadas em conhecer mais sobre a TCI com adolescentes, se você também quiser saber mais acesse o meu blog pessoal: http://terapiacomunitariapsicanalise.blogspot.com/
Bibliografia sugerida: Fante, Cleo; Pedra, J. Augusto. Bullying escolar: perguntas e respostas. Porto Alegre. Artmed, 2008.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Qual a sua pérola?

Em Terapia Comunitária aprendemos que todos nós temos uma pérola. Para que uma pérola se forme é preciso primeiro que um grão de areia entre na ostra e a arranhe. Após o ferimento a ostra tenta se proteger forma a pérola. Assim acontece conosco, na maioria das vezes a nossa ferida é transformada em uma pérola, isso tem a ver com nossa capacidade de resiliência.
Na terapia desta semana nós ajudamos uma participante a descobrir a sua pérola. Ela foi abandonada pela mãe aos 9 anos. Teve que cuidar de 4 irmãos mais novos, um com apenas 6 meses. Ela disse: "eu passei a ser mãe dos pirralhos com 9 anos". Ao aprofundarmos um pouco mais descobrimos que ela, sem ter sido cuidada tornou-se uma cuidadora. A mãe voltou após 20 anos. hoje ela cuida da mãe e dos seus 3 filhos, sozinha. Ao final da roda seus olhos brilhavam de emoção, e ela disse: "hoje aconteceu uma coisa diferente, eu nunca tinha visto minha vida desta forma".
Acredito que é um mito dizer coisas como: todo abusado será um abusador. É mentira! Muitas pessoas que foram abusadas protegem, cuidam e defendem crianças. É claro que muitos abusadores foram abusados um dia e não conseguiram transformar a ferida em pérola. E você caro leitor? Tem conseguido transformar sua ferida em pérola (s)? Qual é a sua pérola?
Dica de Livro: Ostra Feliz não faz pérola. Rubem alves. Editora Planeta.

domingo, 29 de maio de 2011

É possível aprender a perdoar?

Mais uma vez o nosso tema na terapia foi o perdão: “Pra mim é muito difícil perdoar... eu fui traída durante a gravidez, todos sabiam, até minha família. Eu fui a última a saber e através de outras pessoas”. Perguntei a ela qual era o sentimento quando ela soube. “Eu senti raiva, ódio, vontade de matar os dois”. E hoje, qual o sentimento? “Ainda tenho muita raiva, ainda quero esganar os dois”.
Cinco anos se passaram, eles não estão mais juntos, ele teve uma filha com a outra mulher e está sozinho. Após tanto tempo o sentimento é o mesmo e ainda a leva a chorar ao relembrar. Ela contou que raramente fala sobre este assunto: “fico com isso guardado, só pra mim”. Ter a oportunidade de falar de sua dificuldade e reconhecê-la é o primeiro passo para a superação.
Outra participante contou uma experiência semelhante e disse que superou e, numa noite de Natal, abraçou o ex-marido e sua atual mulher. “Me senti leve, quando perdoei os dois”.

Na Terapia Comunitária temos a oportunidade de identificar nossas dificuldades a partir da dificuldade do outro, no grupo. Também se aprende numa roda de TC a acreditar que se o outro é capaz de perdoa, se sentir leve, eu também sou.

Na falta do perdão a pessoa segue a vida levando um peso sobre si, uma dor interminável. Devemos exercitar o perdão para aprender a exercê-lo. Então, devemos começar por pequenos desafios: se alguém pisa no seu pé, você desculpa; se chuta sua canela, você perdoa. Nas pequenas coisas você aprende a perdoar... até que um dia é capaz de perdoar quem feriu o seu coração. De repente, o peso que levava sobre as costas... que peso? Me senti leve!