Este espaço se propõe a ser um lugar coletivo de trocas, práticas e fazeres. Considerando o humano como inacabado, estamos sempre nos fazendo e nos refazendo. Incitamos a diversidade, a pluralidade, valorizando a diferença, o novo. Somos cuidadores, Terapeutas Comunitários, balançando no barco das águas, a partir de um movimento que surge na cidade de Nova Friburgo-RJ, a Terapia Comunitária, movimento de troca de experiências de vida, valorização da autoestima e resgate da identidade cultural.
sábado, 29 de agosto de 2009
Formação de terapeutas comunitários em Sousa, PB
Entre os dias 24 e 28 de agosto de 2009, realizou-se na cidade de Sousa, o segundo módulo do curso de formação em terapia comunitária organizado pelo MISC-PB em colaboração com o Programa de Posgraduação em Enfermagem da Universidade Federal da Paraíba. Na oportunidade, mais de 60 cursistas oriundos da própria cidade, bem como dos municípios de Pau dos Ferros, Santa Luzia, Bonito de Santa Fé, Cajazeiras, e outros lugares, se reuniram no Centro de Formação e Treinamento de Professores, para trabalharem suas competências no cuidado à saúde, de acordo com o livro do Prof Adalberto de Paula Barreto, onde está fundamentada a terapia comunitária integrativa e sistêmica. Esta tecnologia de cuidado se baseia, entre outras coisas, na resiliência, a carência que gera competência. Outro dos pilares, o pensamento de Paulo Freire, estabelece a horizontalidade e a circularidade do saber, na busca da autonomia da pessoa e da comunidade. O pensamento sistêmico e a teoria da comunicação humana, unidos à antropologia cultural, completam a fundamentação desta atividade. As pessoas, na sua maioria, trabalham na estratégia de Saúde da Família, sendo na sua grande maioria, agentes comunitários de saúde, poucos/as médicos/as, pedagogos, etc, ligados ao cuidado humano. Nestes encontros, trocam-se experiências, se fortalecem vínculos entre as pessoas, frequentemente premidas por urgências da sobrevivência e relações de trabalho. A busca de si, a necessidade da pessoa ser o que ela é e não o que os outros desejam que seja, ouviu-se com ênfase na avaliação final dos cinco dias de vivência, da parte de muitos dos participantes. Outros, enfatizaram a necessidade de evitarem julgamentos na relação com os participantes das rodas de terapia e do público que atendem. Vivências como as do sol e da lua, do feminino e do masculino em cada um, mostraram a alguns e algumas, a importância do autoconhecimento das próprias fases e da realidade interna, para um agir de acordo com a própria natureza e não de maneira mecânica, técnica. Chama a atenção, nestes eventos, a socialização e a partilha de saberes antigos, populares e cientificos, religiosos de variadas origens, amalgamados na reconstrução constante de uma humanidade mais aberta à pluralidade e ao respeito às diferenças, mais solidária, num esforço permanente de conhecimento pessoal e coletivo, nas bases da sociedade.
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