"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." (Paulo Freire)
Este espaço se propõe a ser um lugar coletivo de trocas, práticas e fazeres. Considerando o humano como inacabado, estamos sempre nos fazendo e nos refazendo. Incitamos a diversidade, a pluralidade, valorizando a diferença, o novo. Somos cuidadores, Terapeutas Comunitários, balançando no barco das águas, a partir de um movimento que surge na cidade de Nova Friburgo-RJ, a Terapia Comunitária, movimento de troca de experiências de vida, valorização da autoestima e resgate da identidade cultural.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
PENSAMENTO DO MÊS
"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." (Paulo Freire)
sábado, 25 de outubro de 2008
O Movimento Terapêutico na Comunidade
Para comprar e acessar os produtos produzidos pela comunidade no projeto, acesse http://www.4varas.com.br/produtosfarmacia.htm
"(...) Local onde são dadas massagens terapêuticas para tratar o individuo dos efeitos do estresse, depressão, tensões do corpo, insônia.
A Oca da saúde Comunitária acolhe pessoas estressadas, com insônia, depressivas, necessitando de um apoio mais individual. É um local em que as pessoas têm acesso a massagens terapêuticas anti-estresse. Todo o corpo de massagistas foi formado pela Universidade, dentro da própria comunidade. São lideranças comunitárias pertencentes aos mais diversos credos: pais e mães de santo, católicos, espíritas, protestantes e curandeiros que fizeram um curso de Abordagem Corporal Terapêutica. Durante o curso, de 360 horas/aula, os massagistas aprenderam as técnicas de massagem , receberam noções de ética, aromoterapia e anatomia.A Oca funciona em um local muito agradável. Lá, a terapia começa pela brisa marítima e o barulho das ondas. É um ambiente rústico, o teto de palha de carnaúba, a parede construída de tala de carnaúba e por fim, música suave. Os terapeutas, com grande propriedade, aplicam técnicas de relaxamento e massagem em locais específicos do corpo para cada tipo de doença ou dor. As massagens funcionam como um complemento à medicina. Através delas, os terapeutas contribuem para a saúde da comunidade, ao mesmo tempo em que são beneficiados.(...)"
* Salão Terapêutico
Terapia do Resgare da Auto-estima e Terapia Comunitária
A Terapia do Resgate da Auto - Estima é realizada: - todas as quintas-feiras - dás 8:30hs as 11:00hs. - no Salão Terapeutido do Projeto 4 Varas.
"O Resgate da Auto-Estima: Estimula, eleva a auto-estima; Trabalha: as tensões, estresse, as raivas, o perdão, o resgate da criança interior, as preocupações da mente, a integração do masculino com o feminino, o centramento corpo e mente. É desenvolvida por profissionais da área de saúde e agentes comunitários que já trabalham com famílias e comunidades que são capacitados pelo Dr. Adalberto Barreto em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão da UFC. Anualmente são atendidas mais ou menos 2.000 pessoas."
* Teatro Zé e Maria
A abordagem dos temas é elaborada pelos componentes do próprio grupo de acordo com o tema e a realidade do local da apresentação. Participam crianças e adolescentes na faixa etária de 7 a 18 anos. O Grupo aborda temas:
* Sociais;
Contatos para Shows:
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
RUMO AO 4 VARAS
"Os moradores estavam reunidos e a pauta da reunião era decidir um nome para a comunidade. Foram sugeridos vários. Terra Prometida gritou um deles. Jardim das Oliveiras gritou outro. Quatro Varas, falou um senhor. Todos olharam para ele, meio assustados e sem entender o porquê daquele nome. Segundo a lenda, há muito tempo, um homem já muito velho, perto de morrer, chamou seus quatro filhos e mandou que eles fossem à floresta e trouxessem uma vara
Quando eles chegaram, o velho pediu que cada um quebrasse sua vara e eles o fizeram com a maior facilidade. Depois, o ancião amarrou-as com uma corda e mandou que os filhos tentassem quebrá-las novamente. Nenhum deles conseguiu e o velho disse: meus filhos, eu não tenho riquezas nem bens para deixar para vocês. Apenas essa lição. Enquanto vocês estiverem unidos, nada nem ninguém vão conseguir quebrá-los, separá-los. Mas se vocês se separarem, ficarão fracos. Depois dessa história, todo mundo aplaudiu a sugestão do velhinho e fundaram a Comunidade de Quatro Varas. Atualmente, conta com uma população de cerca de 12.000 habitantes e é uma das 110 comunidades organizadas do Pirambu, a segunda maior favela do Brasil, com uma população estimada em 250.000 pessoas".
terça-feira, 21 de outubro de 2008
I Congresso Brasileiro de Saúde Mental
PAULO FREIRE - 11 anos depois
Parte 1
Parte 2
Ver em "Links", referência sobre a obra de Paulo Freire.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
LIVRO
Mirian Barreto e Marilene Grandesso.
Apresenta um panorama da Terapia Comunitária no Brasil idéias, ideologias, teorias, distintas práticas. O leitor interessado encontrará uma oportunidade ímpar para conhecer o que vem sendo feito no Brasil por aqueles que realizam a Terapia Comunitária em distintos contextos e com distintas populações. Encontrará também, um tecido de fundamentos teórico-epistemológicos que sustentam a prática da TC, dados de pesquisa, práticas inovadoras e criativas, reflexões críticas, enfim, todo o arcabouço para conversações construtivas e trocas colaborativas para os interessados pelo trabalho comunitário.
PROJETO ESPERANÇA DE SÃO MIGUEL - SP
O Projeto Esperança de São Miguel Paulista, fundado por Irmã Gabriela e D. Angélico S.Bernardino, é uma entidade social, sem fins econômicos, que atua desde 1988 em defesa dos direitos humanos e sociais. Detentora do Certificado Beneficente de Assistência Social(CEBAS), registrada no CNAS(Conselho Nacional de Assistência
Social), COMAS (Conselho Municipal de Assistência Social) e CMDCA (Conselho Municipal da Criança e do Adolescente).Declarada de Utilidade Pública Federal, Estadual e Municipal com atuação na prestação de serviço na área de assistência social, educacional,cultural e saúde. Nossa missão é desenvolver ações de promoção humana,educativa e preventiva junto a pessoas que vivem/convivem com HIV/AIDS em situação de pobreza na região LESTE II da cidade de São Paulo.
PROGRAMA FALA POR MIM
O “Fala por Mim” é um programa de solidariedade que oferece apoio social, psicológico
e educativo escutando em especial as avós cuidadoras e as crianças.
PROGRAMA SEMEANDO A VIDA
Dissemina a filosofia do bem estar integral, fazendo com que permeie todo trabalho
desenvolvido junto ao beneficiário e famílias acompanhadas.
PROGRAMA CIDADANIA VIVA
Oferece suporte psico-social dos efeitos causados pela situação de exclusão e preconceito. Trabalha a auto- estima, busca a reinserção no mercado de trabalho e
complementação de renda familiar.
PROGRAMA AMOR IGUAL A CUIDADO
Orienta para construção de uma vivência sexual mais responsável e gratificante.
Mais Ações do Projeto Esperança:
Terapia Comunitária
Uma abordagem para transformar o conflito e o medo em experiência de paz interior.
Pensatório Filosófico
É um espaço de reflexão e discussão conduzido por dois especialistas em filosofia clínica.
Cura das Atitudes
Um espaço de troca e fortalecimento dos vínculos humanos sociais.
CONTATOS
Núcleo São Miguel Paulista
Trav. Guilherme de Aguiar, 41
Fone: 2956-1182/2956-5570
Núcleo Guaianazes
Rua Comandante Carlos Ruhl, 75
Fone: 6557-0784/6557-7761
E-mail: projespsm@uol.com.br
domingo, 19 de outubro de 2008
DATA OFICIAL DO BLOG DO MITCO
Manifesto da Terra-Mãe
A Carta do Cacique Seattle
Em 1854, o chefe Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington,
depois de o Governo norte americano ter proposto a compra do território ocupado
por aqueles índios, respondeu ao presidente dos Estados Unidos:
"O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem.
Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende.
Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d'água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro.
Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra.
Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.
De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência.
Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum."
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
BENZEDURAS
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
"MITCO"
Alusão a palavra "Mítico", que é da natureza dos mitos, fabuloso, fantástico. Do latim mythicu, do grego mythikós. Tradição que, sob a forma de alegoria, simboliza um facto natural, histórico ou filosófico; construção pura do espírito. "Um mito é uma narrativa tradicional com caráter explicativo e/ou simbólico, profundamente relacionado com uma dada cultura e/ou religião. O mito procura explicar os principais acontecimentos da vida (...). Pode-se dizer que o mito é uma primeira tentativa de explicar a realidade. (...) Ao mito está associado o rito. O rito é o modo de se pôr em ação o mito na vida do Homem ".
Fazendo uma ponte com a Terapia Comunitária, a mesma é definida como "(...) um instrumento que nos permite construir redes sociais solidárias de promoção da vida e mobilizar os recursos e as competências dos indivíduos, das famílias e das comunidades. Procura suscitar a dimensão terapêutica do próprio grupo valorizando a herança cultural dos nossos antepassados indígenas, africanos, europeus e orientais, bem como o saber produzido pela experiência de vida de cada um". (Adalberto Barreto)
Nesse "sentido emprestado", não desejo pensar o conceito do termo mito, ou mítico, de modo pejorativo, já que este, por definição é usado assim quando se refere a crenças comuns, mas aludir a carga simbólica que há na fala emprestada daquele que a utiliza para trazer a sua história. Refiro-me, com essa idéia, aos relatos e histórias, sobretudo, das culturas antigas que foram, em grupo, contadas por seus antepassados milhares e milhares de vezes e que, organizados, constituem a sua história, sua mitologia.
No grupo de Terapia Comunitária, se valoriza essa história que é contada a partir das experiências de vida de cada um, se resgata essa identidade cultural, espiritual e sagrada do humano (e não dos Deuses).
Grato
Educação Popular e Políticas Públicas
É urgente trazer para as práticas de educação permanente, no SUS, os aprendizados da educação popular, até a pouco, centrada nas relações com as comunidades. Esta é a grande novidade da educação popular em saúde nos últimos anos: a constatação de sua pertinência na formação profissional. Os doutores e estudantes têm saberes anteriores que necessitam ser considerados. Sofrem processos de opressão que precisam ser discutidos, pois estão constrangendo seus envolvimentos com o trabalho. Carregam sonhos, utopias e propostas próprias de mudança social que, se acolhidas, contribuem para elevar ânimos e criar um sistema de saúde mais diverso e rico. Vivem emoções embaraçosas e intensas em seu trabalho que precisam encontrar um ambiente acolhedor e fraterno para serem elaboradas. Têm propostas diferenciadas daquelas defendidas pelas chefias e gestores que, apesar de desarrumarem os planejamentos prévios, costumam enriquecer muito a instituição. Mas não é fácil desenvolver relações pedagógicas dialogadas e amorosas em contextos institucionais tão marcados pelo conflito. Não basta querer fazê-lo. É preciso trazer e valorizar a experiência, já acumulada pela educação popular em sua história, de enfrentamento das dificuldades do diálogo na educação. Esta experiência, desenvolvida em contextos sociais conflitivos e de muita opressão mascarada, denuncia que rodas de discussão e dinâmicas pedagógicas muito criativas podem ser instrumentos de coerção dos educandos. Ela anuncia que conteúdos teóricos muito progressistas são ineficazes se não forem ampla e livremente questionados pelos valores e propostas dos educandos. Frisa que, sem uma atitude de afetuosa de acolhimento e sem o investimento pedagógico na elaboração das relações afetivas entre os educandos e para com as comunidades, os avanços das discussões teóricas geram poucos frutos. É por isto que as vivências deste livro são importantes. Vivências vão além de conhecimentos teóricos, pois explicitam também motivações, emoções, valores e atitudes, elementos importantes para anunciar o que é a educação popular em saúde hoje. Educação popular é mais do que uma concepção teórica de educação, pois inclui também uma atitude de vida. Uma atitude “popular” que valoriza a abertura aos oprimidos (da esposa do alcoólatra ao profissional do posto de saúde sufocado) e prioriza a contribuição dos subalternos (do desempregado ao estudante) no processo educativo e na reconstrução política da sociedade.
Precisamos avançar na construção de um SUS que entusiasme seus trabalhadores, acolha e apóie a diversidade de projetos de felicidade e saúde existentes na sociedade brasileira, valorize o protagonismo dos vários grupos profissionais e comunitários na luta pela saúde e incorpore a emoção, alegria e determinação daqueles que escolhem o setor saúde para atuar. Para isto, este SUS precisa ser ampliado e reorientado, não apenas por iniciativas e estratégias administrativas, legais e políticas, mas principalmente pela utilização da educação como instrumento de gestão participativa e valorizadora da diversidade e dos saberes dos vários atores sociais nele envolvidos. Para isto é importante revalorizar a concepção de educação que, desde os primórdios do SUS, vem sendo elemento dinamizador das experiências mais avançadas de atenção integral à saúde, onde o entusiasmo, a diversidade de propostas e o protagonismo dos moradores e de todos os profissionais eram marcantes. Em nome de um academicismo centrado na Europa e nos Estados Unidos, muitos têm desvalorizado Paulo Freire e supervalorizado outras pedagogias ativas e problematizadoras, referenciadas em autores estrangeiros, muito mais limitadas".
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
SEMINÁRIO UMA SOCIEDADE PARA TODAS AS IDADES
terça-feira, 14 de outubro de 2008
PÉROLAS NO SESC FRIBURGO: PRESENÇA NEGRA
A exposição, no Sesc Friburgo , foi estruturada com base em quatro grandes portais, todos organizados de maneira a promover a interação do público com instrumentos musicais e imagens.
Encontro Temático: Oh! Balancê, Balancê
Oficina de jogos de acolhimento e aquecimento com atores sociais em atividades comunitárias.
Orientação com a atriz, escritora e contadora de histórias Raquel Nader.
Local: SESC Nova Friburgo - Sala de Oficina
23 de outubro às 19 horas Valor: R$5,00 (carteira do SESC) e 10,00
Contato: heloisavianna@sescrio.org.br
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
CASA DA CURA - Projeto 4 Varas - Fortaleza - CE
VÍDEOS SOBRE A TERAPIA COMUNITÁRIA
Fonte: http://www.msmcbj.org.br/ - Movimento de Saúde Mental Comunitária do Bom Jardim
"Neste vídeo você poderá conhecer um pouco mais sobre um dos projetos do MSMCBJ na área da criança e adolescente. O projeto Sim à Vida, Não às Drogas atua desde 1999 nas comunidades do Bom Jardim, evitando o primeiro contato das crianças e adolescentes com as drogas. São desenvolvidas atividades de arte, esporte e lazer. No vídeo você verá depoimentos de jovens que passaram pelo projeto."
Fonte: http://www.msmcbj.org.br/ - Movimento de Saúde Mental Comunitária do Bom Jardim
Matéria feita pela Globo News
"No Ceará, a terapia comunitária alcança todas as camadas da sociedade e virou programa de saúde pública. Hoje, este modelo de tratamento chega a todos os estados do Brasil e três países da Europa."
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM870365-7823-TERAPIA+COMUNITARIA,00.html
domingo, 12 de outubro de 2008
SÍMBOLO DA TERAPIA COMUNITÁRIA
A TERAPIA COMUNITÁRIA
É essa diversidade cultural que faz a grandeza deste País. Possibilitar a cada um agregar novos valores, é uma riqueza inestimável no processo de “empoderamento” e na construção da cidadania.
Enquanto muitos modelos centram suas atenções na patologia, nas relações individuais, privadas, a TC se propõe cuidar da saúde comunitária em espaços públicos. Propõe-se a valorizar a prevenção. Prevenir é, sobretudo, estimular o grupo a usar sua criatividade e construir seu presente e seu futuro a partir de seus próprios recursos.
A TC nos convida a uma mudança de olhar, de enfoque, sem querer desqualificar as contribuições de outras abordagens, mas ampliar seu ângulo de ação. Vejamos:
1. Ir além do unitário para atingir o comunitário. Com a globalização, surgiram novos desafios: drogas, estresse, violência, conflitos, insegurança, e a superação desses problemas já não pode ser mais obra exclusiva de um indivíduo, de um especialista, de um líder, e sim da coletividade. A própria comunidade que tem problemas, dispõe também de soluções e, por conseqüência, torna-se instância terapêutica no tratamento e prevenção de seus males.
2. Sair da dependência para a autonomia e a co-responsabilidade: modelos que geram dependência são entraves a todo desenvolvimento pessoal e comunitário. Estimular a autonomia é uma forma de estimular o crescimento pessoal e o desenvolvimento familiar e comunitário. A consciência de que as soluções para os problemas provêm da própria comunidade reforça a autoconfiança.
3. Ver além da carência para ressaltar a competência: o sofrimento vivenciado é uma grande fonte geradora de competência, que precisa ser valorizado e resgatado na própria comunidade, como uma forma de reconhecer o saber construído pela vida. Poder mobilizá-los no sentido da promoção de vínculos solidários é uma forma de consolidar a rede de apoio aos que vivem situações de conflitos e sofrimento psíquico.
4. Sair da verticalidade das relações para a horizontalidade. Esta circularidade deve permitir acolher, reconhecer e dar o suporte necessário a quem vive situações de sofrimento. Isso proporciona maior humanização das relações.
5. Da descrença na capacidade do outro para acreditar no potencial de cada um. O aprender coletivamente gera uma dinâmica de inclusão e empoderamento. Precisamos deixar de apenas pedir a adesão do outro às nossas propostas, para podermos estar a serviço das competências dos outros, sem negarmos a contribuição da ciência.
6. Ir além do privado para o público: A reflexão dos problemas sociais que atingem os indivíduos sai do campo privado para a partilha pública, coletiva, comunitária. A ênfase no trabalho de grupo, para que juntos partilhem problemas e soluções e possam funcionar como escudo protetor para os mais vulneráveis, são instrumentos de agregação e inserção social. Nós afirmamos que a solução está no coletivo e em suas interações, no compartilhar, nas identificações com o outro, no respeito às diferenças. Os profissionais devem ser parte desta construção. Ambos tiram benefícios. A comunidade gerando autonomia e inserção social e os profissionais se curando de seu “autismo institucional e profissional”, bem como de sua alienação universitária.
7. Romper com o clientelismo para chegarmos a cidadania: o indivíduo deixa de ser objeto passivo de intervenção para se tornar num parceiro ativo e sujeito de sua história.
8. Romper com o isolamento entre o “saber científico” e o “saber popular”, fazendo um esforço no sentido de se exigir um respeito mútuo entre as duas formas de saber, numa perspectiva complementar, sem rupturas com a tradição e sem negar as contribuições da ciência moderna.
9. Romper com o modelo que concentra a informação para fazê-la circular. Resgatar o capital sociocultural do grupo e torná-los co-autores das decisões e das políticas sociais.
A TC nasceu no Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da UFC. Há 18 anos, este modelo tem sido desenvolvido pelo prof. Dr. Adalberto Barreto da UFC. Já foram formados pela Universidade Federal do Ceará, cerca de 7.000 terapeutas comunitários atuando em 23 estados brasileiros."