domingo, 15 de novembro de 2009

Terapia Comunitária - Inclusão x Normose

Primeiramente, gostaria de disponibilizar esse site www.inclusive.org.br... para quem quiser ver artigo na íntegra.

Como sabemos a TC prioriza muito a inclusão e Adalberto a circulação das informações... O artigo "somos todos diferentes. Ou não?, por Guga Dorea (jornalista) fala de seu diálogo imaginário ao refletir sobre a diversidade e entendê-la como algo enriquecedor, afinal todos nós assim como seu filho (portador de Sindrome de Down), temos dificuldades...a superar, a acrescentar, a ensinar, a integrar, enfim, a mostrar sem medo.

"...Trata-se de não pensar mais a vida como um objetivo a ser atingido e viver o ritmo singular de cada um de nós. Não é mais pensar em obstáculos não atingidos e deixar que momentos aparentemente irrisórios e sem importância tenham algum efeito em nosso corpo e mente. Entre um ponto e outro existem infinitos outros que devem e podem ser vividos. Para muitos, entretanto, o importante na vida é acelerar os passos, tornar-se o mais competitivo possível e superar limites ininterruptamente, sem levar em consideração a existência do outro. Há aqueles que fazem isso sem notar, sem levar em conta que a vida foi ficando para trás e criando estigmas a todo instante, mesmo que inconscientemente" (retirado do site)

" O que não podemos aceitar é que, ao propor-se a defesa e promoção dos direitos humanos, a exclusão também seja praticada. Se os organismos das Nações Unidas perceberem a necessidade de retratar a sociedade em seu mais amplo e fiel recorte e as próximas campanhas considerarem a diversidade humana em sua maior dimensão possível então finalmente estaremos diante da lição que o recém falecido antropólogo francês Claude Lévi-Strauss nos deixou a convite da UNESCO em fins da II Guerra Mundial: a de que não há hierarquia na diversidade e representá-la só faz sentido se por inteiro.
*Lúcio Carvalho - Coordenador da Inclusive – Agência para Promoção da Inclusão


Diante disso que possamos continuar levando para nossas rodas e brigar pela inclusão...então abaixo a Normose...

"E aqueles que foram vistos dançando, foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música." (Friedrich Nietzsche)

"NORMOSE" (a doença de ser normal) Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito "normal" é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. Bebe socialmente, está de bem com a vida, não pode parecer de forma alguma que está passando por algum problema. Quem não se "normaliza", quem não se encaixa nesses padrões, acaba adoecendo. A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento. A pergunta a ser feita é: quem espera o quê de nós? Quem são esses ditadores de comportamento que "exercem" tanto poder sobre nossas vidas? Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha "presença" através de modelos de comportamento amplamente divulgados. A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer ser o que não se precisa ser. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar? Então, como aliviar os sintomas desta doença? Um pouco de auto-estima basta. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim, aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais. Eu simpatizo cada vez mais com aqueles que lutam para remover obstáculos mentais e emocionais e tentam viver de forma mais íntegra, simples e sincera. Para mim são os verdadeiros normais, porque não conseguem colocar máscaras ou simular situações. Se parecem sofrer, é porque estão sofrendo. E se estão sorrindo, é porque a alma lhes é iluminada. Por isso divulgue o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes. Michel Schimidt Psicoterapeuta

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