domingo, 2 de outubro de 2011

Como será o amanhã?

Esta é uma pergunta que todo ser humano se faz. Especialmente na juventude, momento de decisões, escolhas e aparentemente de definição para o resto da vida. Digo aparentemente porque seja qual for o caminho escolhido, desde que não leve a morte, sempre será possível retomar, reencontrar alguém do passado, escolher outra profissão...
Para quem não conhece a música: Monobloco

Como será amanhã? 
Responda quem puder
O que irá me acontecer? 
O meu destino será
Como Deus quiser 
Como será?... 
A cigana leu o meu destino
Eu sonhei!
Bola de cristal
Jogo de búzios, cartomante
Eu sempre perguntei
O que será?

Autor: João Sérgio

Ontem, eu e Arthur, fizemos duas rodas juntos. A primeira foi na UnB com 37 jovens, todos participavam pela primeira vez de uma roda de TC. O tema escolhido foi este: angústia em relação ao futuro. Um jovem profissional angustiado em relação ao seu amanhã, profissão e relacionamento..
Uma participante contou que ter filhos, ainda muito jovem, foi uma escolha difícil: “eu estava seguindo reto, rumo aos meus objetivos...agora vou por um caminho mais longo, mas vou chegar ao mesmo lugar”. Outra jovem relatou que deixou sua família e veio estudar em Brasília, em busca de seus sonhos: “é difícil ficar longe das pessoas que eu amo...mas eu acho que fiz a escolha certa”. Um rapaz nos contou que descobriu que precisava primeiro pensar nele, pra depois pensar nos outros.
Parece que de alguma forma nós fazemos o futuro, mas por outro lado a vida também nos leva para o futuro, por caminhos que não planejamos.  Mas o que é a vida? O que é o futuro? Se não um constante surpreender-se (com alegrias e tristezas) neste nosso percurso de existir. Neste caminho encontramos pessoas, algumas fazem a diferença, outras nem tanto. Todos passamos pela vida, uns dos outros. Na vida fazemos escolhas diariamente, algumas relevantes, outras nem tanto.
Não adianta bola de cristal, cartomante, jogos de búzios. Em períodos de crises, com grandes escolhas, penso que é preciso acalmar-me internamente, saber distinguir o que é meu e o que é do outro, para viver um pouco mais consciente. Mas pedras no caminho? Sempre. Mas o que você faz com elas? Concluo com Cora Coralina: Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores.

Um comentário:

Lucia São Thiago disse...

Estou feliz por encontrar este grupo, que pelo que entendi, é de Nova Friburgo. Também sou terapeuta comunitária. Sou de Volta Redonda e estou há um ano trabalhando em Macaé, onde faço rodas. Como Macaé não fica tão longe de Friburgo, quem sabe um dia eu possa conhecê-los numa roda? Um grande abraço. Adorei o blog.