Para dialogar com diferentes atores, conhecer as inovações na área e trocar experiências, o grupo de Terapia Comunitária da ENSP participará do 'V Congresso Brasileiro de Terapia Comunitária', que acontecerá junto com o 'II Encontro Internacional de Terapia Comunitária' e o 'I Encontro de Pesquisa em Terapia Comunitária', no Ceará, em setembro. O tema central deste ano será 'Terapia Comunitária: Promovendo a Saúde na Família e na Comunidade'. Desde 2006, a equipe trabalha com Terapia Comunitária na Escola e atua com diferentes grupos, como os profissionais de saúde da ENSP, agentes comunitários da Área Programática 3.1 - Penha, entre outros. As inscrições para o congresso ainda estão abertas.
A equipe de Terapia Comunitária da ENSP - atualmente constituída pelas pesquisadoras do Departamento de Endemias Samuel Pessoa Elaine Sandra Savi, Eliane Cardoso, Maria Liana Fonseca e Carla Moura Lima - participará do Congresso com trabalhos já aceitos. Os principais objetivos do encontro são congregar terapeutas comunitários e, assim, favorecer um espaço de reflexão, debate e troca de experiências entre esses profissionais em diferentes contextos; e também avaliar o impacto da Terapia Comunitária como instrumento de inclusão social e rede solidária. Nesse evento, são esperados terapeutas comunitários, profissionais das áreas de saúde e educação e demais interessadas. O congresso terá eixos temáticos, como 'Terapia Comunitária cuidando do cuidador', 'Reduzindo danos nas comunidades com terapia comunitária', 'Terapia Comunitária e política de saúde', entre outros.
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A Terapia Comunitária na ENSP
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De acordo com Elaine Savi, em 2009, a Terapia Comunitária passou a ser desenvolvida na Escola por meio do projeto 'Rodas e Redes: o Sofrimento e sua Lida' - um subprojeto do 'Observatório de Processos Endêmicos e Redes de Cuidado em Saúde', também do Densp/ENSP. Desde então, o departamento, em parceria com o Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF/ENSP), realiza rodas semanais de Terapia Comunitária com usuários do Centro de Saúde Escola, que são principalmente moradores das comunidades do Complexo de Manguinhos.
Segundo Elaine, a Terapia Comunitária foi criada pelo psiquiatra cearense Adalberto Barreto e se caracteriza por ser um dispositivo grupal que visa oferecer espaço para a problematização das situações de conflito intra ou interpessoais presentes no cotidiano e fortalecer as redes de apoio social. "Vários estudos constataram que parte considerável das demandas de atenção em saúde se constitui por queixas somáticas inespecíficas sem substratos classificáveis em enfermidades. Tais queixas estão vinculadas a condições não só subjetivas, mas também às condições socioeconômicas, laborativas e relacionais desta população", explicou Eliana.
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A equipe denomina tais queixas como 'Sofrimento Difuso' e o tema é atualmente objeto de estudo das dissertações de Elaine Savi e Maria Liana Fonseca. Com os usuários do Centro de Saúde Escola, a pesquisadora explicou que o objetivo da equipe é acolher situações de sofrimento, de forma que essas pessoas contem com mais uma ferramenta para lidar com suas agruras, para além das queixas somáticas que representam o mal-estar psicossocial no qual estão imersos.
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