O tema desta semana girou em torno da educação de filhos adolescentes. Uma mãe nos conta que a filha de 12 anos tem dado muito trabalho. A jovem mãe possui três filhos, o mais velho mora com o pai. Ela mora na casa da mãe com as duas filhas de 10 e 12 anos. A mais velha conversa com a mãe apenas o essencial, bate violentamente na mais nova, não tem se dedicado aos estudos e anda com “amigos” mais velhos e suspeitos. Sem diálogo e com agressividade, a convivência está insuportável e a mãe não sabe o que fazer, sentindo-se impotente.
Outra mãe disse que já se sentiu assim e que agora consegue ter autoridade com a filha e que isso tem feito toda a diferença na relação. “Aqui quem manda sou eu e você vai me obedecer” disse Valdenice para sua filha de 16 anos que queria sair tarde da noite para encontrar o namorado.
Autoridade não é uma coisa que se impõe, ao contrário, é construída. Hoje muitos pais se sentem perdidos, sem saber como direcionar filhos revoltados ou sem limites. Saber impor limites não é fácil. Winnicott já dissera ninguém melhor que a mãe para maternar seu filho. Eu diria que não há ninguém melhor que os pais para impor limites ao filho. Os pais são os educadores mais habilitados a lidar com os filhos.
Durante a adolescência o filho precisa construir sua própria personalidade, para isso ele negará os pais, desqualificando-os. É preciso que nós, pais, tenhamos maturidade para suportar tais negações e sabedoria para conduzir o filho para o caminho que consideramos correto.
Quando estamos vivendo tal conflito familiar parece que é o fim. Porém, é apenas o início de uma relação futuramente equilibrada. As participantes mais velhas disseram que passaram por isso e que hoje seus filhos são adultos que dominam sua vida. Uma mãe disse que se tivesse sido mais presente no passado, talvez hoje seu filho não estivesse preso.