segunda-feira, 25 de maio de 2009

Soma - Uma Terapia Anarquista

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"Foi criada pelo escritor Roberto Freire no início dos anos 70 como uma terapia corporal e em grupo, baseada nas pesquisas do austríaco Wilhelm Reich. Buscando o desbloqueio da criatividade, os exercícios da Soma abordam a relação corpo e emoções presentes na obra de Reich, os conceitos de organização vital da Gestalterapia, os estudos sobre a comunicação humana da Antipsiquiatria e a arte-luta da Capoeira Angola. Os grupos de Soma duram um ano e meio, com encontros periódicos (quatro vivências por mês). Esta convivência possibilita a construção de uma dinâmica de grupo, onde o referencial ético é o Anarquismo. Esta é a maior originalidade da Soma: terapia como pedagogia política, onde o prazer e a liberdade são a saúde que combate a neurose capitalista da sociedade globalizada.
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A Soma, enquanto terapia com uma ética anarquista, procura entender o comportamento político humano em sociedade a partir do cotidiano das pessoas. São as micro-relações que produzem o germe do autoritarismo social, num jogo de poder e sacrifício onde valores capitalistas como a propriedade privada, a competição, o lucro e a exploração já não devem ser tratadas apenas como questões de mercado e ideologia. É inegável a influência destes valores sobre áreas vitais das relações sociais, como no amor, por exemplo, onde sentimentos (ciúmes, posse, insegurança) e situações (competição, traição, mentiras) parecem reproduzir no micro-social todos os ranços e saldos do autoritarismo de Governos e Estados. Para a Soma, portanto, a política começa no cotidiano.
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Apenas o racional e o lógico tornam-se insuficientes para compreender a imensa teia de controles impostos socialmente e seu impacto sobre a individualidade. É justamente este o grande paradoxo: como escapar das relações hierárquicas e autoritárias com os sentimentos e todas suas extensões emocionais contaminadas por algo que foge do campo das idéias, do pensamento. Este "algo mais", para além da razão, já foi objeto de estudos de filósofos e psicólogos e podemos chamar aqui de inconsciente, as motivações e estímulos, muitas vezes contraditórios, que extrapolam a racionalidade objetiva. O fato de se acreditar numa visão de mundo, numa ideologia, não basta para ter um comportamento libertário no amor, na família, nas relações afetivas. Infelizmente, parece mais fácil tentar ser livre fora de casa, longe da privacidade e exilado do corpo.
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Foram estes questionamentos que levaram a criação da Soma, no início dos anos 70. Roberto Freire, militante clandestino lutando contra a ditadura militar, não encontrava na Psicanálise, metodologia que se formou e depois abandonou por divergências ideológicas, e na Psicologia tradicional, ferramentas necessárias para ajudar os conflitos emocionais e psicológicos de seus companheiros de luta que o procuravam buscando auxilio. Foi então buscar as pesquisas de um cientista renegado pelo meio acadêmico, o dissidente mais radical da Psicanálise: Wilhelm Reich. A partir daí, criou uma técnica terapêutica corporal e em grupo.
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A Soma nasceu de uma pesquisa sobre o desbloqueio da criatividade, realizada no Centro de Estudos Macunaíma. Através de exercícios teatrais, jogos lúdicos e de sensibilização, Roberto Freire foi criando uma série de vivências que possibilitavam uma rica descoberta sobre o comportamento, suas infinitas e singulares diferenças. Perceber como o corpo reage diante de situações comuns no cotidiano das relações humanas, como a agressividade, a comunicação, a sensualidade, e sua associação com os sentimentos e emoções, permite um resgate daquilo que nos diferencia enquanto individualidade, para criar um jeito novo, a originalidade contra a massificação.
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Assim, a Soma se construiu como um processo terapêutico com conteúdo ideológico explícito, o Anarquismo. A terapia tem tempo determinado (cerca de um ano e meio), para evitar a dependência terapeuta/cliente, e é realizada em sessões de três horas cada (são quatro por mês) em vivências com exercícios corporais ou dinâmicas de grupo. Depois de cada vivência, o grupo realiza a leitura da sessão, procurando verbalizar as sensações e percepções produzidas pelo exercício/dinâmica. A leitura pode ser tanto sobre si mesmo como sobre algum companheiro de grupo e é nesta etapa que o participante da Soma começa a produzir sua autonomia terapêutica, desenvolvendo um olhar e uma compreensão maior, a partir do corpo, sobre as atitudes e comportamentos políticos no cotidiano".
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Visite os sites:
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Soma - Uma Terapia Anarquista -
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Contatos:
CASA DA SOMA - RIORua Áurea, 88 - Santa Teresa -
CEP:20240-210 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil
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Telefones:
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RIO DE JANEIRO: (0XX 21) 2224-6578
SÃO PAULO: (0XX 11) 3262-5570
FLORIANÓPOLIS: (0XX 48) 338-2600
PORTO ALEGRE: (0XX 51) 3217-2493 ou 3243-4367
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Outras Cidades: (0XX 21) 2224-6578

segunda-feira, 18 de maio de 2009

18 DE MAIO

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Dia Nacional da Luta Antimanicomial terá atividades em todo o país
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O dia 18 de maio é marcado como o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Em 2009, esta luta, iniciada no II Congresso Nacional dos Trabalhadores em Saúde Mental, completa 22 anos.
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Naquele momento, os profissionais recusaram o papel de agentes da exclusão e da violência institucionalizadas, que desrespeitam os mínimos direitos da pessoa humana, e inauguraram um novo compromisso em busca de uma Reforma do modelos, das práticas e da política de atenção à saúde mental no país. A causa se tornou eixo de um amplo movimento social. Como um de seus resultados, temos hoje a definição legal da Reforma Psiquiátrica, ainda em fase de implementação.
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Diversas atividades serão promovidas pelos Conselhos Regionais e por núcleos do Movimento Antimanicomial para marcar a data, sensibilizar a cultura pela causa antimanicomial, assim como para buscar os avanços necessários à implementação de um modelo de atenção efetivamente antimanicomial. No campo da Psicologia, queremos ainda marcar a posição da profissão diante da questão dos princípios orientadores da atenção à saúde mental no país.
O movimento de luta antimanicomial considera que a loucura pode e deve ter o seu lugar no mundo, que as subjetividades individuais contribuem na construção do todo social e que a aceitação das diferenças, sejam elas quais forem, faz parte do ideal de democracia da nossa sociedade.
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Também já se constatou que não há mais espaço para instituições de cuidado focadas no isolamento, pois se sabe que o convívio comunitário e a interação social são fundamentais para todos os seres humanos. Para garantir saúde mental, é preciso garantir o protagonismo social e a condição de cidadania daqueles que trazem como questão o sofrimento psíquico.A luta antimanicomial, fundamentada no oferecimento de direitos de cidadania e de convivência social aos portadores de transtornos mentais, é um desafio epistemológico para as ciências da saúde (e outras que queiram a elas se aliar).

Confira a programação de alguns dos Conselhos Regionais de Psicologia e de suas organizações parceiras para o 18 de maio deste ano:
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Minas Gerais (CRP 04)
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Em Montes Claros, na segunda-feira, 18, acontece uma passeata que terá início às 8h da manhã em frente à Prefeitura Municipal e será encerrada com apresentações artístico-culturais. Já estão ocorrendo atividades como exposição de trabalhos das oficinas terapêuticas do serviço de saúde mental, grupos de conversação para os usuários e trabalhadores de Saúde Mental.
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Em Governador Valadares, no dia 18 haverá atividades de lazer e culturais na Praça dos Pioneiros – Centro, além de mesas redondas. Em Juiz de Fora, a programação começa dia 16 e inclui shows, painéis informativos, varal de poesia e exposições de pintura.

Pernambuco (CRP 02)

Em Pernambuco, o CRP apoia o Núcleo Estadual da Luta Antimanicomial que realizará no dia 18 de maio uma passeata pelas ruas do Recife em favor do movimento. A caminhada tem início no Parque 13 de maio e segue em direção ao Marco Zero.

Rio de Janeiro (CRP 05)

O CRP realiza atividade de comemoração ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial nesta sexta-feira, 15 de maio, na Cinelândia, Centro do Rio. O encontro, que tem apoio do Núcleo Estadual do Movimento da Luta Antimanicomial, terá início às 13h. Durante a tarde, haverá apresentação da banda Sistema Nervoso Alterado e do Grupo de Teatro do Oprimido do Hospital Heitor Carrilho, além do Desfile das Camisas de Força Sociais.
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Nova Friburgo - RJ
Realização do CAPS de Nova Friburgo

São Paulo (CRP 06)

Na capital, acontece a I Feira de Saúde Mental e Economia Solidária, debates e exibição do filme Sobreviventes. Em Sorocaba, a programação conta com debate sobre a Reforma Psiquiátrica na Câmara Municipal.
http://www.crpsp.org.br/crp/Default.aspx

A baixada Santista e o Vale do Ribeira também terão intensa programação. Veja o folder (capa e programação).


Goiânia (CRP 09)

O Fórum Goiano de Saúde Mental promove manifestações públicas, atividades culturais e debates ao longo de maio.A Passeata Maluco Beleza será uma manifestação pública político/cultural para marcar a data e fortalecer a luta por uma sociedade sem manicômios.

Uma mostra de vídeos e o Seminário – A Crise: Desafio Estratégico da Reforma Psiquiátrica também estão na programação.

Confira a programação, que segue até 21 de maio em



Santa Catarina (CRP 12)

Em Santa Catarina, está previsto para 6 de junho o I Encontro dos Movimentos Sociais na Luta Antimanicomial.

No dia 18 de maio haverá programação cultural em Florianópolis, realizada pelo Núcleo Florianópolis do Movimento Nacional da Luta Antimanicomial, com debates e exibição de filmes.

Bahia (CRP 03)

No CRP, que agrega os estados da Bahia e Sergipe, a programação vai do dia 18 ao dia 23 de maio. No dia 23 de maio às 9h30 acontecerá a II Parada do Orgulho Louco. Em Salvador, a caminhada sairá do Cristo em direção ao Farol da Barra e será sucedida por uma feira de artesanato.

Mais informações: gtsm@crp03.org.br

Vídeo: Grupo Harmonia Enlouquece - RJ



Clique no link abaixo e participe do manifesto pela IV Conferência Nacional de Saúde Mental. Faça parte desta rede solidária!

http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_081017_002.html
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sexta-feira, 15 de maio de 2009

TERAPIA COMUNITÁRIA FAZ UM ANO EM NOVA FRIBURGO - RJ

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CONVIDAMOS os amigos Terapeutas Comunitários de Nova Friburgo e Terapeutas Comunitários e outros de outras cidades, para comemoram conosco, no dia 19 de maio de 2009, terça-feira, às 14h, nosso primeiro ano de rodas de Terapia Comunitária no CAPS de Nova Friburgo, situado na Av. Conte. Bitencourt.
O trio Malake Chacur, Marcelo Abdala e Virgínia Sampaio, completam 1 ano de rodas de Terapia Comunitária no CAPS de Nova Friburgo, tendo inclusive apresentado trabalho no I Congresso Brasileiro de Saúde Mental.

Em clima de festa, pois comemoraremos o Dia Nacional da Luta Antimanicomial no dia 18, na praça, estamos convidando os amigos, colegas, simpatizantes e curiosos, para se juntarem à nós em uma roda solidária e demais preciosa onde faremos nossa Terapia Comunitária e completaremos 1 ano de atividades de troca e aprendizado.

Contamos com a sua presença. Venha conhecer o CAPS, a Terapia Comunitária, outros espaços, sons e possibilidades! !!

"ENTRA NA RODA COM A GENTE"

Traga, além de uma situação para compartilhar, seu sorriso, sua história, um bolinho, um balão, suas pérolas, uma canção . . .

Até terça, na ciranda solidária,
da roda da Terapia Comunitária!
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quarta-feira, 6 de maio de 2009

ENCONTRO DE INTEGRAÇÃO DO CUIDAR

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Facilitadores
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José Carlos Bastos
Psicólogo Clínico CRP 05/11513, Terapeuta Comunitário com especificação em Técnicas de Resgate da Autoestima (Cuidando do Cuidador), Terapeuta Reichano pelo Centro de Investigação Orgonômica Wilhelm Reich e Economista Sexual http://dinamicasdaconvivencia.blogspot.com/

Marcelo Pimentel Abdala Costa
Psicólogo CRP 05/29636, Terapeuta Comunitário com especificação em Técnicas de Resgate da Autoestima (Cuidando do Cuidador) e Autor do Projeto“A Prática da Terapia Comunitária no Centro de Atenção Psicossocial de Nova Friburgo apresentado no I Congresso Brasileiro de Saúde Mental
http://dinamicasdaconvivencia.blogspot.com/
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Equipe Complementar
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Joana Carelli (Consciência Corporal)
Possui formação em Consciência Corporal e dança contemporânea pela Escola Angel Vianna, Terapeuta Corporal (Ayurvédica e massagem chinesa), Terapeuta Crânio-Sacral pelo Upledger Institute.

Isaías Mostowski (Terapia do Canto)
Terapeuta Holístico, co-criador da “Terapia do Canto”, Massoterapeuta (reflexologia), músico e artista plástico.

Pablo Bursztein (Terapia do Canto)
Psicólogo, Terapeuta Familiar Sistêmico pelo Instituto Familiae – SP, Terapeuta Corporal pela USP, Pesquisador de Narrativas Orais, Arte Educador, Mestre em Ecologia Social pelo EICOS – IP – UFRJ, Trainer em Máster Practitioner em Programação Neurolinguística pela Actius Consultoria e Desenvolvimento e possui formação em Hipnoterapia Ericksoniana.

Clarice Líbano (Danças Circulares)
Bióloga pela UFRJ, Orientadora de Dança e Movimento de Gurdjieff do Instituto para o Desenvolvimento Humano Integral – IDHI, possui formação em Danças Circulares Sagradas e treinamento em Danças étnicas, folclóricas, circulares sagradas e da Paz Universal, Professora de Dança
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PROGRAMA:

Ficha de Inscrição:

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Cartaz:
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Fotos do Local:
(tiradas durante a Formação em Terapia Comunitária, 2008)
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