“Servir primeiro a quem mais sofre”
INTRODUÇÃO
Nosso nome EMAÚS corresponde a uma localidade da Palestina onde alguns desesperados voltaram a encontrar a esperança. Este nome chama todos, crentes, ou não crentes, nesta comum convicção de que somente o Amor pode unir-nos e permiti-nos avançar junto.O Movimento Emaús nasceu na França em novembro de 1949 do encontro:
• De homens conscientes de sua situação privilegiada e de suas responsabilidades sociais frente à injustiça.
• De homens que já não tinham razão para viver, havendo decidido uns e outros unir suas vontades e esforços para ajudar-se mutuamente e socorrer aos que mais sofrem, na certeza de que salvando aos outros podem salvar a si mesmo.
Com este objetivo se tem formado comunidades que trabalham para viver e dar. Alem de ter formado grupos de amigos e voluntários que lutam no plano cívico e privado.
1. NOSSA LEI é aquela da qual depende, para a humanidade inteira, toda vida digna de viver, toda paz verdadeira e a alegria de cada um e de cada sociedade:
“Servir antes que a si mesmo a quem é menos feliz”.
“Servir primeiro a quem mais sofre”.
2. NOSSA CERTEZA é que o respeito dessa lei deve animar toda busca de justiça e, por conseguinte, de paz entre os homens.
3. NOSSA META é atuar para que cada homem, cada sociedade, cada nação possa viver, afirmar e realizar no intercâmbio e o dividir, assim como em condições de igual dignidade.
4. NOSSO MÉTODO consiste em criar, manter e animar meios em que todos, sentindo-se livres e respeitados, possam satisfazer suas próprias necessidades e ajudar-se mutuamente.
5. NOSSO PRIMEIRO MEIO, em todas as partes onde seja possível, é o trabalho de recuperação que permite dar novamente valor a todas as coisas e multiplicar as possibilidades de ações de urgência em favor dos que mais sofrem.
6. Todos os outros meios que provoquem o despertar das consciências e o desafio devem também empregar-se para servir e fazer servir em primeiro lugar aos que mais sofrem, dividindo suas dificuldades e suas lutas - privadas e cívicas - até a destruição das causas de cada miséria.
7. NOSSA LIBERDADE: Emaús não está sujeito, no cumprimento de sua tarefa, a nenhum outro ideal que o expressado no presente Manifesto, nem a nenhuma outra autoridade que a constituída em seio, segundo suas próprias regras de organização. Atua em conformidade com a Declaração dos Direitos Humanos adotada pelas Nações Unidas, e as leis justas de cada sociedade, de cada nação, sem discriminações políticas, raciais, idiomáticas, religiosas ou de outra natureza. A quem deseje participar em nossa ação, não se lhe poderá exigir outra coisa que a aceitação do conteúdo do presente Manifesto.
8. NOSSOS MEMBROS: O presente Manifesto constitui o fundamento simples e preciso do Movimento Emaús. Deve ser adotado e aplicado por cada grupo que deseje se membro ativo.
Este espaço se propõe a ser um lugar coletivo de trocas, práticas e fazeres. Considerando o humano como inacabado, estamos sempre nos fazendo e nos refazendo. Incitamos a diversidade, a pluralidade, valorizando a diferença, o novo. Somos cuidadores, Terapeutas Comunitários, balançando no barco das águas, a partir de um movimento que surge na cidade de Nova Friburgo-RJ, a Terapia Comunitária, movimento de troca de experiências de vida, valorização da autoestima e resgate da identidade cultural.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Belém abre fórum social com 90 mil pessoas hoje
Começa hoje na capital paraense a 9ª edição do Fórum Social Mundial, com a presença estimada de 60 mil pessoas de todo o País, além de 30 mil estrangeiros. Durante os cinco dias, estão previstas 2,4 mil atividades, incluindo debates sobre temas como meio ambiente, aquecimento global, crise econômica, miséria e exclusão nos países pobres, além da devastação da Amazônia. Uma marcha pelas ruas e avenidas marcará a abertura do fórum, às 14 horas, e percorrerá cinco quilômetros. Os hotéis e pousadas da cidade estão lotados - até os motéis mudaram as regras para abrigar participantes do encontro. Outras 15 mil residências foram alugadas, até por R$ 2 mil, para os dias do fórum. Com a procura, uma diária de hotel hoje em Belém chega a R$ 900, com direito a café da manhã, almoço e jantar. Para garantir a estrutura do evento e a segurança dos participantes, o governo estadual investiu R$ 143 milhões, um terço na compra de carros para a polícia. Dez hospitais de campanha foram montados nos campi da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e da Universidade Federal do Pará (UFPA), onde também foram construídos alojamentos para 30 mil visitantes. Outros 270 leitos hospitalares estão disponíveis nas redes pública e privada para atender às emergências.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Postado por MOVIMENTO EMAÚS AMOR E JUSTIÇA às Terça-feira, Janeiro 27, 2009
Começa hoje na capital paraense a 9ª edição do Fórum Social Mundial, com a presença estimada de 60 mil pessoas de todo o País, além de 30 mil estrangeiros. Durante os cinco dias, estão previstas 2,4 mil atividades, incluindo debates sobre temas como meio ambiente, aquecimento global, crise econômica, miséria e exclusão nos países pobres, além da devastação da Amazônia. Uma marcha pelas ruas e avenidas marcará a abertura do fórum, às 14 horas, e percorrerá cinco quilômetros. Os hotéis e pousadas da cidade estão lotados - até os motéis mudaram as regras para abrigar participantes do encontro. Outras 15 mil residências foram alugadas, até por R$ 2 mil, para os dias do fórum. Com a procura, uma diária de hotel hoje em Belém chega a R$ 900, com direito a café da manhã, almoço e jantar. Para garantir a estrutura do evento e a segurança dos participantes, o governo estadual investiu R$ 143 milhões, um terço na compra de carros para a polícia. Dez hospitais de campanha foram montados nos campi da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e da Universidade Federal do Pará (UFPA), onde também foram construídos alojamentos para 30 mil visitantes. Outros 270 leitos hospitalares estão disponíveis nas redes pública e privada para atender às emergências.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Postado por MOVIMENTO EMAÚS AMOR E JUSTIÇA às Terça-feira, Janeiro 27, 2009
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
sábado, 17 de janeiro de 2009
Terapia Comunitária: Entre nesta roda
A Terapia Comunitária é um instrumento que nos permite construir redes sociais solidárias de promoção da vida e mobilizar os recursos e as competências dos indivíduos, das famílias e das comunidades. Procura suscitar a dimensão terapêutica do próprio grupo valorizando a herança cultural dos nossos antepassados indígenas, africanos, europeus e orientais, bem como o saber produzido pela experiência de vida de cada um.
É essa diversidade cultural que faz a grandeza deste País. Possibilitar a cada um agregar novos valores, é uma riqueza inestimável no processo de “empoderamento” e na construção da cidadania.
Enquanto muitos modelos centram suas atenções na patologia, nas relações individuais, privadas, a TC se propõe cuidar da saúde comunitária em espaços públicos. Propõe-se a valorizar a prevenção. Prevenir é, sobretudo, estimular o grupo a usar sua criatividade e construir seu presente e seu futuro a partir de seus próprios recursos.
A TC nos convida a uma mudança de olhar, de enfoque, sem querer desqualificar as contribuições de outras abordagens, mas ampliar seu ângulo de ação. Vejamos:
1. Ir além do unitário para atingir o comunitário. Com a globalização, surgiram novos desafios: drogas, estresse, violência, conflitos, insegurança, e a superação desses problemas já não pode ser mais obra exclusiva de um indivíduo, de um especialista, de um líder, e sim da coletividade. A própria comunidade que tem problemas, dispõe também de soluções e, por conseqüência, torna-se instância terapêutica no tratamento e prevenção de seus males.
2. Sair da dependência para a autonomia e a co-responsabilidade: modelos que geram dependência são entraves a todo desenvolvimento pessoal e comunitário. Estimular a autonomia é uma forma de estimular o crescimento pessoal e o desenvolvimento familiar e comunitário. A consciência de que as soluções para os problemas provêm da própria comunidade reforça a autoconfiança.
3. Ver além da carência para ressaltar a competência: o sofrimento vivenciado é uma grande fonte geradora de competência, que precisa ser valorizado e resgatado na própria comunidade, como uma forma de reconhecer o saber construído pela vida. Poder mobilizá-los no sentido da promoção de vínculos solidários é uma forma de consolidar a rede de apoio aos que vivem situações de conflitos e sofrimento psíquico.
4. Sair da verticalidade das relações para a horizontalidade. Esta circularidade deve permitir acolher, reconhecer e dar o suporte necessário a quem vive situações de sofrimento. Isso proporciona maior humanização das relações.
5. Da descrença na capacidade do outro para acreditar no potencial de cada um. O aprender coletivamente gera uma dinâmica de inclusão e empoderamento. Precisamos deixar de apenas pedir a adesão do outro às nossas propostas, para podermos estar a serviço das competências dos outros, sem negarmos a contribuição da ciência.
6. Ir além do privado para o público: A reflexão dos problemas sociais que atingem os indivíduos sai do campo privado para a partilha pública, coletiva, comunitária. A ênfase no trabalho de grupo, para que juntos partilhem problemas e soluções e possam funcionar como escudo protetor para os mais vulneráveis, são instrumentos de agregação e inserção social. Nós afirmamos que a solução está no coletivo e em suas interações, no compartilhar, nas identificações com o outro, no respeito às diferenças. Os profissionais devem ser parte desta construção. Ambos tiram benefícios. A comunidade gerando autonomia e inserção social e os profissionais se curando de seu “autismo institucional e profissional”, bem como de sua alienação universitária.
7. Romper com o clientelismo para chegarmos a cidadania: o indivíduo deixa de ser objeto passivo de intervenção para se tornar num parceiro ativo e sujeito de sua história.
8. Romper com o isolamento entre o “saber científico” e o “saber popular”, fazendo um esforço no sentido de se exigir um respeito mútuo entre as duas formas de saber, numa perspectiva complementar, sem rupturas com a tradição e sem negar as contribuições da ciência moderna.
9. Romper com o modelo que concentra a informação para fazê-la circular. Resgatar o capital sociocultural do grupo e torná-los co-autores das decisões e das políticas sociais.
A TC nasceu no Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da UFC. Há 18 anos, este modelo tem sido desenvolvido pelo prof. Dr. Adalberto Barreto da UFC. Já foram formados pela Universidade Federal do Ceará, cerca de 7.000 terapeutas comunitários atuando em 23 estados brasileiros.
É essa diversidade cultural que faz a grandeza deste País. Possibilitar a cada um agregar novos valores, é uma riqueza inestimável no processo de “empoderamento” e na construção da cidadania.
Enquanto muitos modelos centram suas atenções na patologia, nas relações individuais, privadas, a TC se propõe cuidar da saúde comunitária em espaços públicos. Propõe-se a valorizar a prevenção. Prevenir é, sobretudo, estimular o grupo a usar sua criatividade e construir seu presente e seu futuro a partir de seus próprios recursos.
A TC nos convida a uma mudança de olhar, de enfoque, sem querer desqualificar as contribuições de outras abordagens, mas ampliar seu ângulo de ação. Vejamos:
1. Ir além do unitário para atingir o comunitário. Com a globalização, surgiram novos desafios: drogas, estresse, violência, conflitos, insegurança, e a superação desses problemas já não pode ser mais obra exclusiva de um indivíduo, de um especialista, de um líder, e sim da coletividade. A própria comunidade que tem problemas, dispõe também de soluções e, por conseqüência, torna-se instância terapêutica no tratamento e prevenção de seus males.
2. Sair da dependência para a autonomia e a co-responsabilidade: modelos que geram dependência são entraves a todo desenvolvimento pessoal e comunitário. Estimular a autonomia é uma forma de estimular o crescimento pessoal e o desenvolvimento familiar e comunitário. A consciência de que as soluções para os problemas provêm da própria comunidade reforça a autoconfiança.
3. Ver além da carência para ressaltar a competência: o sofrimento vivenciado é uma grande fonte geradora de competência, que precisa ser valorizado e resgatado na própria comunidade, como uma forma de reconhecer o saber construído pela vida. Poder mobilizá-los no sentido da promoção de vínculos solidários é uma forma de consolidar a rede de apoio aos que vivem situações de conflitos e sofrimento psíquico.
4. Sair da verticalidade das relações para a horizontalidade. Esta circularidade deve permitir acolher, reconhecer e dar o suporte necessário a quem vive situações de sofrimento. Isso proporciona maior humanização das relações.
5. Da descrença na capacidade do outro para acreditar no potencial de cada um. O aprender coletivamente gera uma dinâmica de inclusão e empoderamento. Precisamos deixar de apenas pedir a adesão do outro às nossas propostas, para podermos estar a serviço das competências dos outros, sem negarmos a contribuição da ciência.
6. Ir além do privado para o público: A reflexão dos problemas sociais que atingem os indivíduos sai do campo privado para a partilha pública, coletiva, comunitária. A ênfase no trabalho de grupo, para que juntos partilhem problemas e soluções e possam funcionar como escudo protetor para os mais vulneráveis, são instrumentos de agregação e inserção social. Nós afirmamos que a solução está no coletivo e em suas interações, no compartilhar, nas identificações com o outro, no respeito às diferenças. Os profissionais devem ser parte desta construção. Ambos tiram benefícios. A comunidade gerando autonomia e inserção social e os profissionais se curando de seu “autismo institucional e profissional”, bem como de sua alienação universitária.
7. Romper com o clientelismo para chegarmos a cidadania: o indivíduo deixa de ser objeto passivo de intervenção para se tornar num parceiro ativo e sujeito de sua história.
8. Romper com o isolamento entre o “saber científico” e o “saber popular”, fazendo um esforço no sentido de se exigir um respeito mútuo entre as duas formas de saber, numa perspectiva complementar, sem rupturas com a tradição e sem negar as contribuições da ciência moderna.
9. Romper com o modelo que concentra a informação para fazê-la circular. Resgatar o capital sociocultural do grupo e torná-los co-autores das decisões e das políticas sociais.
A TC nasceu no Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da UFC. Há 18 anos, este modelo tem sido desenvolvido pelo prof. Dr. Adalberto Barreto da UFC. Já foram formados pela Universidade Federal do Ceará, cerca de 7.000 terapeutas comunitários atuando em 23 estados brasileiros.
Adalberto Barreto
Fonte: www.abratecom.org.br
Postado por Nancy Lino
sábado, 10 de janeiro de 2009
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
E assim . . .
. . .começamos o primeiro dia de nosso novo ano.
Foto de Goreti tirada na Oca de Saúde Terapêutica, Projeto 4 Varas, Pirambu, Ceará.
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